Palazzetto Le Roy, conhecido também como Palazzo della Farnesina ai Baullari ou apenas como Farnesina ai Baullari, é um pequeno palácio localizado na esquina do Corso Vittorio Emanuele II com a Via de' Baullari, no rioneParione de Roma. Atualmente abriga o Museo Barracco.
Foi o próprio Le Roy a encarregar Antonio da Sangallo, o Jovem[a] pela construção do palacete, obra que foi depois terminada pelo seu herdeiro, seu sobrinho Raul. Em 1527, durante o saque de Roma pelos lansquenetes, mas foi restaurado. Com a morte de Raul Le Roy em 1546, a propriedade passou para seu filho Francesco, que o deixou para seu irmão, Pedro, que, por sua vez, o vendeu a Sigismondo Martignoni. Em 1578, seu proprietário era Camillo Bucimazza, que o passou por herança ao seu irmão Alessandro, um mongebeneditino, que deixou-o ao mosteiro de San Paolo fuori le Mura. Depois de uma série de processos, a propriedade acabou voltando aos Le Roy, que venderam o complexo em 1671 para os Silvestri, que viveram ali até o início do século XIX, mais tarde o edifício passou para o conde Linotte, aos Iorio, aos Turrios e aos Baldassarri. Na época da abertura do Corso Vittorio Emanuele II, o edifício foi inicialmente destinado à demolição, mas depois foi comprado pela Comuna de Roma e acabou salvo em parte. Foram demolidos apenas as estruturas ligadas à fachada que atrapalhavam a abertura da nova via, enquanto as demais foram deixadas intactas: a fachada de frente para a Vicolo dell'Aquila, atualmente a principal, se ergue dos dois lados do edifício, e apresenta uma base no térreo com um revestimento rusticado interrompido por um portal, duas ordens de janelas arqueadas e pequenas janelas emolduradas por silhares, com o térreo separado do piso nobre por uma faixa decorada por motivos heráldicos.
A fachada de frente para a Via dei Baullari é caracterizada por uma lógia central e por uma série vertical de janelas duplas que destacam a presença da nova escada, necessária por causa do novo nível da rua[2] a nova fachada no Corso Vittorio Emanuele II foi construído por Enrico Guj em 1904,[3] criando uma fachada seguindo o estilo das outras re-utilizando seus elementos. Durante as obras de re-estruturação, foi descoberto um pátio interno porticado com aparência e decoração de um antigo edifício romano, provavelmente do século IV; supõe-se que seria o estábulo de uma das quatro facções romanas de cavaleiros que se exibiam no Estádio de Domiciano. Depois de restaurado o palácio, hospedou alguns escritórios do Capitólio e a redação histórica revista "Capitolium". Em seguida, para lá foi transferido o Museo Barracco, cuja sede foi demolida pela mesma obra de abertura do Corso. A coleção do museu conta com esculturas egípcias, assírias e fenícias amealhadas pelo barão Giovanni Barracco e foi doada à Comuna de Roma em 1902. Anexos ao museu são a Biblioteca Barracco e a biblioteca de Ludovico Pollak, arqueólogo e primeiro diretor do museu em sua sede original.[1]