Pai da pátria (Roma Antiga)
Pai da pátria[1][2] (em latim: pater patriae) é um título honorífico latino que significa "Pai da Pátria". Existe também o correspondente, mãe da pátria (em latim: mater patriae), reservado às mulheres. História romanaComo todos os títulos oficiais da República Romana e do Principado, a honra de ser chamado de pai da pátria era conferido pelo senado. Foi concedido pela primeira vez ao grande orador e estadista senatorial Marco Túlio Cícero, por sua posição na supressão da Segunda Conspiração de Catilina durante seu consulado em 63 a.C. Foi novamente concedido a Júlio César que, como ditador vitalício, era o senhor único da república romana e de seu império. O senado concedeu o título a César Augusto (r. 27 a.C.–14 d.C.) em 2 a.C., mas não sendo nem importante para a legitimação do governo, nem para seus poderes legais, não se tornou parte regular das honras imperiais, ao contrário de imperator, césar, augusto, príncipe do senado, pontífice máximo e poder tribunício (tribunicia protestas). De acordo com o historiador Suetônio, ao sucessor de Augusto, Tibério, foi oferecido este título, mas ele o recusou.[3] O senado depois conferiu o título a vários imperadores romanos, muitas vezes apenas após vários anos de governo ou se o novo imperador fosse particularmente estimado pelos senadores, como é o caso de Nerva (r. 96–98). Por isso, muitos dos imperadores de vida curta nunca receberam o título. A honra era sujeita à aprovação da pessoa homenageada, que poderia declinar. Suetônio registra no seu trabalho Vidas dos Doze Césares que foi o que Nero (r. 54–68) fez quando a honra lhe foi oferecida durante o primeiro ano de seu reinado, por causa de sua juventude. Era tradicional à pessoa honrada, em um sinal de humildade, adiar a honra por algum tempo depois de conferida. Adriano adiou por onze anos, por exemplo.[4] Lista cronológica dos pais da pátria romanos
Referências
Bibliografia
|