Padaria EspiritualA Padaria Espiritual foi uma agremiação literária que surgiu no Centro de Fortaleza em 30 de maio de 1892, e reuniu escritores, pintores e músicos.[1][2][3] HistóricoNa Praça do Ferreira existiam quatro quiosques, abrigando cafés e restaurantes. O Café Elegante ficava na esquina sudeste, o Restaurante Iracema na esquina sudoeste, o Café do Comércio, na esquina noroeste e o Café Java,[4] o qual era um ponto para as reuniões de um grupo de jovens, que inicialmente era composto por Antônio Sales, Lopes Filho, Lívio Barreto, Ulisses Bezerra, Temístocles Machado e Tibúrcio de Freitas, e onde conversavam sobre literatura e, através das letras, protestavam contra a burguesia, o clero e tudo que fosse tradicional, como constava de seu programa.[3][4][5] A ideia inicial era despertar nos moradores próximos o gosto pela literatura que, na década que a agremiação foi fundada, andava um pouco esquecida.[3] Antonio Sales lhe deu o nome de Padaria Espiritual, e logo depois fez também o Programa de Instalação, que foi um verdadeiro sucesso, tornando-se conhecido de todos e chegando, até mesmo, a ser publicado integralmente por jornais de outros estados.[6] Mais tarde iniciaram a publicação do jornal O Pão. Foram 36 números publicados entre 1892 e 31 de outubro de 1896,[6] quando o jornal faliu de “caquexia pecuniária”, segundo seu próprio fundador, Antônio Sales.[7][8] O Programa de Instalação não permitia que se usassem, em quaisquer publicações, palavras estrangeiras que não as nativos do Brasil, numa postura radicalmente nacionalista. A importância do movimento se deu pelo fato dele haver proporcionado a consolidação do Realismo e o nascimento do Simbolismo no Ceará.[6] Referências
Ligações externas
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