Paços de Brandão
Paços de Brandão é uma vila portuguesa sede da Freguesia de Paços de Brandão do Município de Santa Maria da Feira, freguesia com 3,71 km² de área[1] e 4775 habitantes (censo de 2021),[2] tendo, assim, uma densidade populacional de 1 287,1 hab./km². A povoação de Paços de Brandão foi elevada à categoria de vila em 1985.[3] A fundação de Paços de Brandão data de há mais de novecentos anos, associada ao cavaleiro normando Fernand Blandon , o qual ajudou D. Afonso Henriques na Reconquista Cristã.[carece de fontes] Possui diversos pontos de interesse como o Parque Municipal da Quinta do Engenho Novo, casas abrasonadas, como a Casa da Portela (local de filmagens do filme Amor de Perdição) ou a Casa de Riomaior, diversas quintas e o Museu do Papel. Realizam-se anualmente várias festas religiosas e populares, tal como a Festa da Póvoa, e a mais conhecida, Festa dos Arcos, que conta com a exposição de Arcos feitos por pessoas da freguesia de forma manual, realizada no primeiro fim de semana de Agosto no arraial da freguesia que demarca o centro da vila, junto à Igreja Matriz que foi recentemente restaurada. DemografiaA população registada nos censos foi:[2]
História de Paços de BrandãoPaços de Brandão, localizada no concelho de Santa Maria da Feira, é uma vila cuja história remonta à Idade Média, com raízes profundas na cultura e no desenvolvimento económico da região. Ao longo dos séculos, enfrentou diversos desafios e acompanhou transformações significativas em Portugal. Origens e ToponímiaO nome "Paços de Brandão" deriva da combinação de "Paços", indicando uma residência senhorial ou palácio, e "Brandão", associado à família Brandão, que desempenhou um papel relevante na história local. Registos dos séculos X ao XII referem-se à localidade como "frigisia d’Palácio blãdo".[carece de fontes] Impacto das Guerras LiberaisDurante as Guerras Liberais (1828–1834), que opuseram os partidários de D. Pedro IV e D. Miguel I, Paços de Brandão enfrentou os efeitos do conflito, como recrutamentos e deslocações de tropas. A sua localização estratégica no concelho de Santa Maria da Feira colocou a vila em contacto direto com os eventos da época.[6] Evolução IndustrialPaços de Brandão destacou-se na indústria papeleira a partir do século XVIII. A Fábrica dos Azevedos e a Fábrica Custódio Pais foram pioneiras na produção de papel, colocando a freguesia entre os centros industriais mais relevantes do norte de Portugal. Este desenvolvimento ajudou a moldar a identidade económica da vila e foi impulsionado pela proximidade com a Linha do Vouga.[7] Linha do VougaA inauguração da Linha do Vouga em 1908 foi um marco importante para Paços de Brandão. Esta linha ferroviária conectou a vila a outras localidades, facilitando o transporte de mercadorias e pessoas. A estação local desempenhou um papel fundamental no escoamento dos produtos das fábricas e no desenvolvimento económico.[carece de fontes] Primeira e Segunda Guerras MundiaisDurante a Primeira Guerra Mundial, Paços de Brandão foi afetada pelo recrutamento de jovens para o exército português. Na Segunda Guerra Mundial, embora Portugal tenha mantido neutralidade, a economia local sentiu o impacto das restrições comerciais e das dificuldades na obtenção de matérias-primas.[8] Elevação a VilaO crescimento industrial e demográfico levou à elevação de Paços de Brandão à categoria de vila em 1985. Este reconhecimento destacou a importância da localidade no contexto regional e nacional.[carece de fontes] Património
Associações e Clubes Desportivos
SaúdeEnsino
Personalidades ilustresPaços de Brandão, uma vila com mais de 900 anos de história, destacou-se pelo contributo de diversas personalidades importantes: Joaquim Correia da Rocha (1923–2019): Sacerdote e escritor, reconhecido pelo seu trabalho pastoral e literário, tendo deixado um legado importante na região.[carece de fontes] Francisco José de Azevedo Aguiar Brandão (1796–1872): Figura singular no meio político e industrial da Feira no século XIX, desempenhou um papel relevante no desenvolvimento económico e social da área.[9] Tenente Arnaldo de Azevedo Brandão: Militar natural de Paços de Brandão que participou no exército libertador de D. Pedro, contribuindo para a história militar portuguesa.[10] Padre Antero Gomes da Silva: Sacerdote e cronista, conhecido pelos Apontamentos sobre Paços de Brandão, uma obra que documenta a história, cultura e património local. É lembrado como um dos principais preservadores da memória histórica da vila.[11] Joaninha de Paços de Brandão: Cantora tradicional, destacada pela sua interpretação de temas folclóricos no Grupo Etnográfico e Coral "Como se Canta e Dança em Paços de Brandão", preservando as tradições culturais da vila.[12] Padre Julião Pires Valente - Pároco de Paços de Brandão, servindo a comunidade local durante 49 anos. Durante o seu extenso ministério, destacou-se pelo seu compromisso com o desenvolvimento da paróquia e pela sua dedicação à vida espiritual e comunitária dos habitantes Colectividades
Referências
Ligações externas
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