Pórcia (esposa de Bruto) Nota: Para outros significados de Pórcia, veja Pórcia.
Pórcia (em latim: Porcia Catonis; c. 70 a.C. - junho de 43 a.C. ou outubro de 42 a.C.) era a filha de Catão Uticense e de Atília. Casou-se primeiro com Marco Bíbulo, com quem teve três filhos e, depois da morte deste, com Marco Júnio Bruto, o assassino de César. Suicidou-se após a morte de Bruto, na batalha de Filipos, em 42 a.C.[1] BiografiaSua mãe era Atília, filha de Caio Atílio Serrano, cônsul em 106 a.C.. Atília foi a primeira esposa de Catão, que depois se casou com Márcia, filha de Lúcio Márcio Filipo.[2] Como o pai, Pórcia era estoica, e fora casada com Bíbulo, antes de desposar Marco Júnio Bruto, um dos assassinos de César.[carece de fontes] Ao suspeitar das intenções do marido em relação ao ditador, ela provocou um profundo ferimento em sua coxa, para mostrar que ela conseguia suportar a dor. Bruto revelou-lhe a conspiração,[3][4] e foi ela quem entregou a espada que Bruto usou para matar César.[3] Ao saber da morte de Bruto, em batalha contra Augusto,[Nota 1] ela tentou suicidar-se, por greve de fome, mas seus parentes e servos não deixaram. Ela então ordenou que fosse trazido fogo à sua presença, com o pretexto de usar alguns unguentos; ela engoliu carvão em brasa, e morreu sem que ninguém pudesse salvá-la.[3] Sua oração fúnebre foi feita por Cícero.[2] Lúcio Calpúrnio Bíbulo,[5] que pode ter sido seu filho ou filho de uma esposa anterior de Marco Bíbulo, escreveu as memórias de Bruto,[6] que foram a fonte usada por Plutarco para escrever a Vida de Bruto.[7] Na cultura popularPórcia foi interpretada por várias atrizes no cinema e na televisão: Filmes
Séries
Literatura
– Como fizeste, Pórcia, tal ferida? Foi voluntária, ou foi por inocência? – Mas foi fazer Amor experiência se podia sofrer tirar-me a vida.
a não pores à vida resistência? – Ando me acostumando à paciência, por que o temor a morte não impida.
se a ferro te costumas? – Porque ordena Amor que morra e pene juntamente.
– Sim: que a dor costumada não se sente; e eu não quero a morte sem a pena.
de Camões, Luís. Sonetos . Ciranda Cultural. Edição do Kindle. . Notas e referênciasNotas
Referências
BibliografiaToledo, J. - "Dicionário de Suicidas Célebres", São Paulo, Ed. Record, 1999 |