Octávia Nota: Para outros significados, veja Octávia (desambiguação).
Octávia Júlia Turino (português europeu) ou Otávia Júlia Turino (português brasileiro), dita a Jovem (em latim: Octavia Iulius Thurinus Minor 69 a.C. – 11 a.C. ou 10 a.C.[1]), foi uma patrícia romana, sobrinha-neta de Júlio César, irmã de Augusto e esposa de Marco Antônio.[2] FamíliaEla era filha do senador Caio Otávio Turino (em latim: Gaius Octavius Thurinus), também procônsul na Macedónia.[3] Segundo Plutarco, sua mãe se chamava "Ancária".[4] Segundo Suetônio, outra Otávia era filha de Ancária e esta era irmã, também por parte de mãe, do futuro imperador Augusto, ambos sendo filhos de Ácia, sendo Otávia mais velha que o irmão.[3][2] Ácia, sua mãe, era filha do pretor Marco Ácio Balbo (em latim: Marcus Atius Balbus), membro conhecido da aristocracia da época, e de Júlia, irmã de Júlio César.[3] Seu pai, Caio Otávio Turino, havia derrotado rebeldes remanescentes de Espártaco e Catilina em Túrio e foi governador da Macedônia.[5] Seu avô, Caio Otávio, era funcionário municipal de uma cidade e dono de uma fortuna.[6] Segundo Marco Antônio, ele trabalhava trocando dinheiro.[7] Seu bisavô, possivelmente chamado Caio Otávio, serviu na Sicília durante a Segunda Guerra Púnica como tribuno, sob Emílio Papo.[6] Segundo Marco Antônio, ele era um liberto e trabalhava fazendo cordas.[7] Casamentos e filhosEla se casou com Cláudio Marcelo,[8] que se tornaria cônsul do ano 704 ab urbe condita.[2][nota 1] Em 54 a.C., após a morte de Júlia,[1] quando Júlio César estava tentando formar várias alianças por casamento, ele propôs a Pompeu que se casasse com sua sobrinha-neta Octávia, que ainda estava casada com Cláudio Marcelo.[8] Cláudio e Otávia tiveram duas filhas e um filho, Marcelo, que foi adotado como filho por Augusto e se casou com sua filha.[9] Seus filhos nasceram entre 42 a.C. e 40 a.C.: Marcelo em 42, Cláudia Maior em 41 a.C. e Cláudia Menor em 40 a.C., logo após a morte de Cláudio.[1] Logo após Otávia se tornar viúva, como Marco Antônio também estava viúvo de Fúlvia, foi celebrado o casamento dos dois, apesar de Antônio já estar envolvido com Cleópatra e não haver passado os dez meses desde a morte de Cláudio Marcelo, como a lei romana exigia.[10] Antônio e Otávia passaram o inverno de 40 a.C./39 a.C. em Atenas, e Octávia engravidou de novo.[1] Antônio e Octávia tiveram duas filhas, uma delas que se casou com Domício Enobarbo, e a outra com Druso, filho de Lívia e enteado de Augusto.[11] Antônia Maior nasceu no final do verão de 39 a.C., e Antônia Menor em 31 de janeiro de 36 a.C.[1] Otávia voltou a Roma, e tratou com honra os filhos que Antônio havia tido com Fúlvia.[2] Divórcio e casamentos dos filhosMarco Antônio se divorciou de Otávia em 32 a.C.[1] Ela não queria que as ofensas cometidas contra ela por Marco Antônio fossem motivo de uma nova guerra civil, e quando foi ordenada, por Antônio, para se retirar da sua casa, ela obedeceu, às lágrimas, mas apenas porque ela viu que isto seria a causa de uma nova guerra. Porém os romanos, vendo sua excelente conduta, e que Marco Antônio a havia repudiado e a trocado por Cleópatra, ficaram bastante indignado contra Antônio.[2] Seus filhos se casaram formando várias alianças, porque Augusto estava tentando formar uma dinastia:[1]
MorteApós a morte do seu filho Marcelo, o suposto herdeiro de Augusto, na flor da idade, Otávia se tornou inconsolável, vivendo em melancolia pelo resto da sua vida.[2] Otávia morreu em 744 A.U.C. [2][nota 3] (11 ou 10 a.C.), com cerca de sessenta anos de idade; ela foi uma das pessoas mais importantes para a tomada de poder por Augusto, porque ela impediu que a família de Marco Antônio se tornasse um foco de oposição.[1] Árvores genealógicas
NotasReferências
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