O Sinal da Cruz Nota: Este artigo é sobre um filme. Para o ritual cristão, veja Sinal da cruz.
The Sign of the Cross (bra/prt: O Sinal da Cruz)[3][4] é um filme épico estadunidense de 1932, do gênero drama histórico, dirigido por Cecil B. DeMille, e estrelado por Fredric March, Elissa Landi, Claudette Colbert e Charles Laughton. O roteiro de Waldemar Young e Sidney Buchman foi baseado na peça teatral homônima de 1895, de Wilson Barrett.[1][5] Tanto a peça quanto o filme têm uma forte semelhança com o romance "Quo Vadis" (1895–96) e, como o romance, acontecem na Roma Antiga durante o reinado de Nero. É o terceiro e último filme da trilogia bíblica de DeMille, seguindo "Os Dez Mandamentos" (1923) e "The King of Kings" (1927). Produzido em data anterior ao Código de Produção, que instituiu a censura em produções cinematográficas em 1934, o filme é pródigo em erotismo e sadismo mesclados com religião, uma marca registrada de DeMille. Por ocasião de seu relançamento, em 1944, essas cenas foram cortadas e um prólogo de nove minutos com soldados em aviões de combate durante a Segunda Guerra Mundial foi adicionado.[6] SinopseDepois de incendiar Roma, o imperador Nero (Charles Laughton) culpa os cristãos e decide enviá-los todos para a morte. O prefeito da cidade, Marcus Superbus (Fredric March), conhece a virgem Mércia (Elissa Landi), cujo padrasto foi preso por disseminar o cristianismo. Ele se apaixona por ela, mas é rejeitado, o que o leva a humilhá-la, fazendo-a viver com Ancaria (Joyzelle Joyner). A cruel imperatriz Popeia (Claudette Colbert), esposa de Nero, deseja Marcus e condena Mércia a morrer na arena, juntamente com os outros cristãos, o que faz Marcus tentar fazer com que ela renuncie à sua fé. Elenco
ProduçãoFeito dentro do prazo – de oito semanas – e sem ultrapassar seu orçamento, o filme marcou a volta de DeMille para a Paramount.[8] Uma das sequências mais célebres do filme, a do banho da imperatriz Popeia, foi feita com leite de verdade – leite de vaca em pó – e demorou para ser filmada. Depois de alguns dias sob as luzes quentes, o leite azedou, tornando muito desagradável para Colbert trabalhar com o fedor.[9][10][11] Para economizar despesas de produção durante a Grande Depressão, cenários já existentes foram reutilizados, bem como os figurinos que sobraram da produção de "Os Dez Mandamentos" (1923).[12] DeMille também tentou fornecer empregos para atores desempregados como figurantes.[12] Marketing e distribuiçãoA Paramount Pictures comercializou o filme utilizando segmentação de mercado, concentrando seus esforços de promoção em três segmentos. O primeiro era espectadores em geral e entusiastas de cinema que gostavam de determinadas características de filmes com temas religiosos, o segundo era espectadores que frequentavam regularmente a igreja, e o terceiro era alunos do ensino fundamental.[13] RelançamentoTal como aconteceu com muitos outros filmes pre-Code que foram relançados depois que o Código de Produção foi estritamente aplicado em 1934, a produção acabou sendo censurada. Na versão original, Marcus Superbus não consegue seduzir Mércia, uma inocente garota cristã. Então, ele pede para que Ancaria realize a erótica "Dança da Lua Nua", na tentativa de desvirtuar a mulher.[14] A dança foi cortada da reedição do filme de 1938, mas foi restaurada pela MCA/Universal para seu lançamento doméstico em 1993.[15] Algumas cenas de combate de gladiadores também foram cortadas na reedição, assim como as sequências de arena envolvendo mulheres nuas sendo atacadas por crocodilos e um gorila. Essas também foram restauradas em 1993.[16] O próprio DeMille supervisionou uma nova versão do filme para seu relançamento em 1944. Novas filmagens que retrataram a Segunda Guerra Mundial e apresentaram o ator Stanley Ridges (que não apareceu originalmente no filme) foram adicionadas para tornar a produção mais atual. No novo prólogo, um grupo de aviões é visto sobrevoando o que era a Roma Antiga. A conversa dos soldados em um dos aviões leva diretamente à cena de abertura original do filme. Os últimos segundos da versão reeditada mostraram os aviões voando para longe em vez de simplesmente desaparecerem, como na cena original de encerramento.[6] Por muitos anos, a produção reeditada era a única disponível. A versão agora exibida no TCM foi restaurada para a duração original de 125 minutos pelo Arquivo de Cinema e Televisão da UCLA, com a ajuda do espólio DeMille e da Universal Television, que agora possui a maioria dos filmes sonoros da Paramount anteriores a 1950.[6] Legião Nacional da DecênciaA reação da Igreja Católica nos Estados Unidos ao conteúdo deste filme e de "Ann Vickers" ajudou a formar a Legião Nacional da Decência em 1934, uma organização dedicada a identificar e combater conteúdos censuráveis, do ponto de vista da Igreja, em filmes.[17] Mídia domésticaEm 2006, este filme, junto com "Four Frightened People" (1934), "Cleópatra" (1934), "As Cruzadas" (1935) e "Union Pacific" (1939), foi lançado em DVD pela Universal Studios como parte da box set "The Cecil B. DeMille Collection". Uma nova edição em Blu-ray foi lançada pela Kino Lorber em 25 de agosto de 2020. Prêmios e homenagens
O filme foi reconhecido pelo Instituto Americano de Cinema na seguinte lista:
Bibliografia
Referências
Ligações externas
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