Nicu Ceaușescu
Nicu Ceaușescu (1 de setembro de 1951 – 26 de setembro de 1996) foi o filho mais novo do líder romeno Nicolae Ceaușescu e de Elena Ceauşescu. Foi um colaborador próximo do regime político de seu pai e era considerado herdeiro aparente do presidente. Vida durante o comunismoCeauşescu queria que Nicu se tornasse seu Ministro das Relações Exteriores e, para isso, ele instruiu dois membros do alto escalão do Partido, Ștefan Andrei e Cornel Pacoste (a quem considerava como brilhantes intelectuais comunistas) para cuidar da educação de Nicu, no entanto, ao contrário de seus irmãos mais velhos, Nicu não gostava da escola e supostamente, foi ridicularizado por estes por nunca ter sido visto lendo um livro.[1] Ele se formou no Colégio Jean Monnet e depois estudou física na Universidade de Bucareste. Fez parte da Uniunea Tineretului Comunista quando estudante, tornando-se seu primeiro-secretário e depois ministro de Assuntos da Juventude, sendo eleito para o Comitê Central do Partido Comunista Romeno em 1982.[2] Como um aprendiz na política, teve como mentores Ștefan Andrei, Ion Traian Ștefănescu e Cornel Pacoste. Perto do final da década de 1980, tornou-se um membro da Comissão Executiva do Partido Comunista Romeno e, em 1987, o seu líder para o distrito de Sibiu, sendo preparado por seus pais para ser o sucessor de Nicolae Ceauşescu.[2] Vida pós-comunista e legadoNicu tinha a reputação de ser um alcoólatra inveterado e um playboy desde o colegial. Ion Mihai Pacepa alegou que ele escandalizou Bucareste com seus estupros (enquanto estuprava suas vítimas, os maridos eram espancados por guardas de sua segurança)[3] e acidentes de carro (Nicu causou acidentes de trânsito com vítimas fatais desde os 13 anos de idade).[4] Latif Yahia afirmou[5] que Nicu foi um grande amigo de Uday Hussein, filho do presidente iraquiano Saddam Hussein, e os dois iriam visitar um ao outro na Suíça e em Mônaco. Ceauşescu ouviu falar sobre o problema do filho com a bebida, mas a sua solução foi aquela dada a todos os problemas romenos: ele aconselhou-o a trabalhar mais.[6] Também era conhecido por perder grandes somas de dinheiro no jogo ao redor do mundo.[7] O documentário Videograms of a Revolution mostra-lhe exibido como um prisioneiro na televisão estatal em 22 de dezembro de 1989, depois de ser preso por acusações de manter crianças como reféns e outros crimes. Ele também foi preso em 1990 por desvio de verbas do governo sob o regime de seu pai, e foi condenado a 20 anos de prisão. Libertado em novembro de 1992 devido à cirrose, ele morreu da doença, quatro anos depois, aos 45 anos, em um hospital de Viena.[7] Está sepultado no Cemitério Ghencea. Referências
Bibliografia
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