Nicolas Flamel
Nicolas Flamel (Pontoise, 28 de setembro de 1330[1] — Paris, 22 de março de 1418) foi um escrivão, copista e vendedor de livros de sucesso francês que ganhou fama de alquimista no século XVII por seus supostos trabalhos de criação da pedra filosofal. Casado com Dame Perenelle Flamel, segundo a lenda teria fabricado a pedra filosofal, o elixir da longa vida e realizado a transmutação de metais em ouro por meio de um livro misterioso. Em português também é referido como Nicolau Flamel. BiografiaFlamel foi trabalhar em Paris como escrivão. Em 1364 casou-se com Pernelle, que era viúva. Conseguiu algum dinheiro com sua livraria e passou a dedicar-se ao estudo da alquimia como um passatempo. Nicolau e sua esposa eram católicos devotos e com o passar do tempo se tornaram conhecidos pela riqueza e pela filantropia que realizavam, assim como as múltiplas interpretações que davam à alquimia da época. Obras literáriasEscreveu O Livro das Figuras Hieroglíficas em 1399, O Sumário Filosófico em 1409 e Saltério Químico em 1414. A pedra filosofalSegundo a lenda, em torno de 1370, Flamel encontrou um antigo livro que continha textos intercalados com desenhos enigmáticos, aparentando hieróglifos. A história de sua vida poderia ser resumida na guarda deste livro, mesmo após muito estudá-lo, Flamel não conseguiria entender do que se tratava. Ainda segundo esta história, ele teria encontrado um sábio judeu em uma estrada em Santiago de Compostela, na Espanha, que fez a tradução do livro, que se tratava de cabala e alquimia, possuindo a fórmula para a pedra filosofal. Flamel, a partir de 1380, começou a se dedicar à alquimia prática. Segundo conta-se, conseguiu produzir prata em torno de 1382 e depois finalmente a transmutação em ouro. Cerca de dez anos após o início dos experimentos começou a realizar um grande número de obras de caridade, como a construção de hospitais, igrejas, abrigos e cemitérios e os decorar com pinturas e esculturas contendo símbolos alquímicos e muito ouro. LendaA lenda, no entanto, conta que, na realidade, ambos, Flamel e Perrenelle, não morreram, e que em suas tumbas foram encontradas apenas suas roupas em lugar de seus corpos, eles teriam vivido graças ao elixir da longa vida, ao qual, Flamel também teria fabricado antes de morrer. Flamel deixou um testamento escrito a seu sobrinho, em que revelava os segredos que descobrira sobre a alquimia. O Testamento de Nicholas Flamel foi compilado na França no final dos anos 1750 e publicado em Londres em 1806. O documento original foi escrito de próprio punho por Nicholas Flamel em um alfabeto codificado e criptografado que consistia em 96 letras. Um escrivão Parisiense chamado Father Pernetti o copiou e um Senhor de Saint Marc pôde finalmente quebrar o código em 1758. Foi citado na série de livros Harry Potter como tendo realmente conseguido produzir a pedra filosofal e vivido 665 anos. Ele a teria destruído no final do primeiro livro da série, Harry Potter e a Pedra Filosofal. Há menção também em O Código Da Vinci de Flamel tendo sido um dos grão-mestres do Priorado de Sião. Foi citado também em Os segredos de o imortal Nícolas Flamel, livro de Michael Scott, bem como no mangá Fullmetal Alchemist. Morte e legadoFlamel morreu em 22 de março de 1418, com mais de 80 anos, e sua casa foi saqueada por caçadores de tesouros e gente ávida por encontrar a pedra filosofal ou receitas concretas para sua preparação. A casa onde Flamel residiu com sua esposa ainda existe. Ela situa-se na rue de Montmorency, no número 51, sendo a mais antiga casa de pedra da cidade. No andar térreo, hoje encontra-se um restaurante. Seu nome e o de sua mulher foram dados a ruas próximas do Museu do Louvre, em Paris, em homenagem a eles. Na ficção
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