Newton Freire-Maia
Newton Freire-Maia (Boa Esperança, 29 de junho de 1918 — Curitiba, 10 de maio de 2003) foi um professor, pesquisador e geneticista brasileiro. Lecionou na Universidade de São Paulo e na Universidade Federal do Paraná.[1][2] Inspirado pela complexa rede de endogamia formada por seus ascendentes da Família Figueiredo, realizou profundos estudos sobre casamentos consanguíneos, que levaram a importantes descobertas sobre os efeitos de alelos de genes prejudiciais em diferentes populações, do Brasil e do exterior.[1][2] Foi membro titular da Academia Brasileira de Ciências; presidente de honra da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e diretor do Instituto Ciência e Fé.[3] BiografiaFormou-se em odontologia pela Universidade Federal de Alfenas em 1945 e em biologia pela Universidade de São Paulo em 1947. Concluiu em 1960 o doutorado em biofísica pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, com a tese "Casamentos Consanguíneos no Brasil", sob orientação do professor Antonio Geraldo Lagden Cavalcanti.[1][4] Em 1946, começou a lecionar na USP, até que foi convidado pela Universidade Federal do Paraná em 1951 para suprir a deficiência de professores de Genética. Na UFPR, criou o Laboratório de Genética, embrião do futuro Departamento de Genética.[4] Nesse período, estudou características genéticas de populações da drosófila, tipo de mosca encontrada em frutas maduras. Depois passou a dedicar-se à genética humana, especialmente aos casamentos consanguíneos, tema de sua tese. Foi pioneiro em ministrar aconselhamento genético.[4] Estudou também, por muitos anos, as displasias ectodérmicas, doenças devidas a malformação de unhas, dentes, cabelo e glândulas de suor, chegando a criar uma classificação que é usada no mundo todo.[5] Publicou cerca de 500 obras bibliográficas, incluindo artigos, trabalhos e livros. Trabalhou também em Genebra, na Suíça, na Organização Mundial de Saúde.[3][5] Sua dedicação à Ciência lhe valeu inúmeros prêmios, tanto nacionais como internacionais. Em Curitiba, foi homenageado com um parque de ciências que leva seu nome (Parque da Ciência Newton Freire Maia[6]). Seu primeiro casamento foi com Flávia Leite Naves, de quem enviuvou 24 anos depois. Mais tarde, casou-se com a professora Eleidi Alice Chautard, que o acompanhou até a morte. MorteMorreu em decorrência de tratamento que fazia para combater câncer no pulmão, no dia 10 de maio de 2003, aos 84 anos. Obras (lista incompleta)
Referências
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