Nenê Constantino
Nota: Para outros significados, veja Nenê. Constantino de Oliveira, conhecido como Nenê Constantino (Patrocínio, 8 de agosto de 1931[1]), é um empresário brasileiro do setor de transportes. Também é pai de Constantino Jr. e Henrique Constantino. Juntamente com seus filhos, é dono do Grupo Comporte, composto pelas empresas: Expresso União, Viação Piracicabana, Princesa do Norte, Breda, Empresa Cruz, Penha, Metrô BH, entre outras. Em 2008, a revista americana Forbes divulgou que a fortuna de Nenê Constantino e sua família era de mais de cinco bilhões de dólares.[2] BiografiaNenê Constantino nasceu em uma família humilde na cidade de Patrocínio, Minas Gerais, e não concluiu o primário. Quando menino, ajudava o tio trabalhando na lavoura e vendendo verduras na rua.[3][4] Aos 18 anos de idade entrou no ramo de transporte de passageiros após levar uma carga de manteiga de Paracatu, MG, para o Recife e, ao buscar o que trazer de volta para encher o caminhão, recebeu a sugestão de levar passageiros.[4] Colocou uma placa de “Rio-São Paulo” no caminhão e transportou um grupo no pau de arara para a Região Sudeste.[4] Logo depois abandonou o transporte de cargas e se dedicou ao de passageiros, passando a comprar partes de empresas de ônibus em dificuldades.[4] Em 1994 dividiu os negócios entre os filhos.[4] Em 2000, tinha a maior frota de ônibus do país e uma das maiores do mundo: aproximadamente 6 mil ônibus, transportando 1,2 milhões de passageiros por dia.[3][4] ControvérsiasEm 2001, o INSS investigou as companhias de ônibus da família e calculou dívidas de cerca de 240 milhões de reais.[4] Outra polêmica envolvendo o empresário foi seu nome constar em cadastro de empregador que explora trabalho escravo, em uma fazenda que era sócio.[4] Em setembro de 2009, foi acusado de ser o mandante do assassinato de oito pessoas, entre as quais o líder comunitário Márcio Leonardo de Sousa Brito.[5][6] Foi também acusado, após a Operação Aquarela, da Polícia Federal, de integrar um esquema para burlar as normas do sistema financeiro brasileiro, com a ajuda do político do Distrito Federal Joaquim Roriz. O escândalo provocou a renúncia de Roriz ao mandato no Senado, em 2007.[7] Constantino já fôra indiciado como mandante da morte de outro morador da localidade, Tarcísio Gomes Ferreira, sete meses antes. Em março de 2012, passou a cumprir prisão domiciliar. Em agosto, o Superior Tribunal de Justiça revogou a prisão, mas determinou recolhimento domiciliar noturno e em fins de semana.[8] Em 11 de maio de 2017, o Tribunal do Júri de Taguatinga, DF, condenou-o pelo assassinato de Brito a 16 anos e seis meses de prisão e a uma multa de 84 mil reais.[4][9] Foi a primeira vez que o crime, cometido em 2001, foi a julgamento.[9] Apesar do resultado, por causa da idade avançada, não deve ir para a prisão.[9] Foi também julgado e absolvido da tentativa em 2008 de homicídio de seu ex-genro, Eduardo Queiroz Alves, inocentado em 16 de agosto de 2015.[4] Referências
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