Natureza selvagemDesigna-se natureza selvagem (ou natureza virgem ou terra virgem) o ambiente da Terra que não tenha sido significativamente modificado pela atividade do ser humano. O termo refere-se às áreas naturais intactas do planeta, aquelas que não foram nem contaminadas nem invadidas por elementos característicos da atividade industrial e tecnológica humana, como vias de comunicação e transporte.[1] Distintamente das zonas agrícolas ou urbanas, nos locais de natureza selvagem não há um controlo planificado por parte de pessoas, e por isso os processos naturais decorrem de forma espontânea. Exemplos disso são os incêndios florestais de origem natural, a especiação ou a migração animal. Esta é uma das razões pelas quais a natureza selvagem desperta um grande interesse científico. É tida como importante para a sobrevivência de muitas espêcies e para a biodiversidade em sentido amplo, tendo sido valorizada por motivos espirituais, estéticos, legais e morais ao longo da história. Perceção ao longo da históriaA percepção da natureza selvagem variou a longo do tempo e entre as sociedades[2]. Não se sabe exatamente quais as ideias que as sociedades humanas paleolíticas tinham sobre a natureza, mas alguns estudos paleoantropológicos sugerem que a humanidade não tinha a ideia de um mundo natural além dos ambientes naturais em que vivia.[2] A caça e a coleta eram as bases económicas da sua subsistência, e esse modo de vida tem vindo a ser estudado por arqueólogos e antropólogos durante décadas, com a sua caracterização a oscilar entre dois paradigmas opostos: quer como uma condição de vida quase paradisíaca quer como condição de vida de sofrimento, insegurança, medo e fome. Alguns autores concluem que pode ser afirmado com segurança que os caçadores-coletores da Idade da Pedra viviam na natureza selvagem sob ameaça contínua, mas ao mesmo tempo a natureza selvagem era a principal fonte do seu sustento.[3]
Ver também
Referências
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