Natação do Brasil
Natação no Brasil
A natação no Brasil é um esporte que vem ganhando popularidade no país, à medida que talentos individuais surgem, a modalidade se reestrutura e mais investimentos são aportados. O Brasil participa da natação nos Jogos Olímpicos desde 1920, juntamente com a primeira delegação olímpica brasileira. Hoje o país conta com nomes de peso em competições internacionais, que trazem um número crescente de bons resultados, como recordes sul-americanos e mundiais, finais e medalhas no Campeonato Mundial e Olimpíadas e torneios nacionais considerados de alto nível. HistóriaA modalidade foi instituída oficialmente no pais em 31 de julho de 1897, data em que os clubes Botafogo, Gragoata, Icarai e Flamengo fundaram a União de Regatas Fluminense, na cidade do Rio de Janeiro, renomeado mais tarde como Conselho Superior de Regatas e, por fim, confederação brasileira de natação Porém, antes disso, a primeira competição oficial que se tem registro é a travessia da Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro. Ela ocorreu em uma disputa entre Joaquim Antonio Souza, de 19 anos, de Niterói, e um relojoeiro alemão Theodor John, de 50, no ano de 1881. A cada ano, os dois voltavam a disputar a prova, com cada vez mais pessoas, que aderiam à manifestação esportiva.[1] Em 1885, quatro anos depois do início das disputas, a primeira piscina brasileira foi construída às margens do rio Guaíba, em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, a qual recebeu o nome de Badeanstalf, ou também basenho, pela Sociedade Ginástica Deutscher Turnverein.[1] O primeiro Campeonato Brasileiro, na modalidade 1500m nado livre, com o percurso da fortaleza Villegaignon até a praia de Santa Luzia, é disputado em 1898,[2] tendo como campeão Abrahão Saliture. A Federação, localizada em Botafogo, passa a divulgar o Campeonato Brasileiro em 1913, ano em que são disputadas as provas de 100m para estreantes, 600m para seniores e 200m para juniores. Em 1914, o controle do esporte e as competições em território brasileiro passam para a Confederação Brasileira de Desportos.[3] Em 1 de outubro de 1904, é disputado o primeiro interestadual de natação que se tem notícia. O Clube Espéria, de São Paulo, organizou uma festa desportiva onde possuía uma raia de 350 metros de distância. Abrahão Saliture, competindo pelo Clube de Natação e Regatas, do Rio de Janeiro, acabou como campeão.[4] Um ano depois, em 1905, iniciaram-se as competições de natação do rio Tietê, em comemoração do aniversário do Espéria, evento que se repetiria até os anos 1920. Entre as disputas de remo, provas de 100 e 350 metros eram travadas. Os grandes destaques dos anos que antecederam a Primeira Guerra Mundial eram Guilherme Schollz, Walter von Kutzleben e José Rubião, mas esses não eram páreo para Saliture, que comparecia como convidado e jamais foi superado. Saliture chegou a participar dos Jogos Olímpicos de 1920, na Antuérpia.[4] Raio-x da natação brasileiraEm 2009, o editor do site Swim It Up!, Julian Romero, criou e disponibilizou publicamente um documento traçando um raio-x da natação brasileira no período olímpico pré-Olimpíada de Beijing/2008, intitulado "NATAÇÃO NO BRASIL 2005 A 2008 - Rankings & Estatísticas gerais". O documento público traz mais de 1000 páginas que resumem 4 anos de natação no Brasil no momento em que alcançou o seu maior feito com a medalha de ouro de César Cielo nos Jogos Olímpicos de Beijing, na China, em 2008, na prova de 50m livre. O documento faz menção à falta de dados estatísticos sobre o esporte no Brasil, como por exemplo o número real de competidores no estado do Rio de Janeiro. Desempenho em OlimpíadasNos Jogos Olímpicos de Verão, os nadadores brasileiros fazem sua estreia juntamente com a primeira delegação nacional a participar dos Jogos, em 1920, na cidade belga da Antuérpia. A delegação, devido ao desconhecimento de técnicas, estilos e da própria piscina olímpica fez com que vários atletas brasileiros desistissem da disputa. Somente Orlando Amêndola e Ângelo Gammaro - que também integravam a equipe de pólo aquático - caíram na água.[5] Orlando competiu nos 100 metros livre, ficando em sexto na 4a. bateria,[6] enquanto Ângelo disputou os 200 metros peito, ficando em terceiro da 2a. bateria com o tempo de 1m22s0.[7] Ambos foram eliminados logo na primeira rodada. A primeira medalha somente seria conquistada 32 anos depois, em Helsinque, na Finlândia.[2] A primeira de ouro viria somente em Pequim 2008.[8] A primeira mulher a conquistar o pódio em uma Olimpíada foi Poliana Okimoto (Maratona 10km), justamente em casa, na Rio 2016, com o tempo de 1h56m51s4. No total até os Jogos Olímpicos Rio 2016 foram catorze medalhas, sendo uma de ouro, quatro de prata e nove de bronze para a equipe verde e amarela. A natação tem em seu histórico o integrante mais jovem de uma delegação brasileira nas Olimpíadas: Talita Rodrigues disputou o revezamento 4x100m livre nos Jogos de 1948, em Londres, quando tinha apenas 13 anos e 347 dias de idade.[9] Desempenho no Campeonato MundialO Brasil conquistou no Mundial de piscina longa, até a edição de 2019, 13 medalhas de ouro, 14 de prata e 15 de bronze. Já no Mundial de piscina curta, foram 23 ouros, 8 pratas e 21 bronzes. Referências
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