Nasi
Nasi costuma dizer nas entrevistas, quando indagado do apelido, que era chamado de "Nazi" na Escola Estadual Brasílio Machado, na Vila Mariana,[2] por seu estilo de vestir meio punk (mas segundo o colega de Ira!, Edgard Scandurra, o apelido vem do nariz avantajado[3]). Sua biografia atribui também a brigas causadas em meio à transmissão da minissérie Holocausto.[4] Começou a escrever seu apelido com S, "Nasi" ao invés de "Nazi", para não haver essa associação que sempre faziam com o nazismo. BiografiaNasceu em São Paulo, no bairro da Bela Vista, filho de Airton Valadão Rodolfo e Egya Scarlato Rodolfo e tem um irmão: Airton Valadão Ridolfi Júnior, ex-empresário do Ira!. Seu nome de batismo é Marcos Valadão Rodolfo, mas depois, assim como seu irmão, mudou a grafia do sobrenome para o original italiano Ridolfi em homenagem ao bisavô imigrante.[5] O cantor cursou História na FFLCH da USP.[6] Funda em outubro de 1981 o grupo de rock Ira! com o colega de secundário Edgard Scandurra (guitarra) e com o amigo Adilson Fajardo (baixo) para participar do I Festival Punk da PUC. A banda prossegue após show de estréia e Nasi larga a Faculdade de História na Universidade de São Paulo.[7] Em 1983, com O Ira! grava, inicialmente, compacto com “Pobre Paulista” e “Gritos na Multidão”. Paralelamente assume a voz do grupo paulistano Voluntários da Pátria onde estreia em LP homônimo, primeiro e único dessa cultuada banda de Art-Rock aonde permanece até o final de 1984.[7] Em 1988, juntamente com o ex-companheiro de Ira! André Jung, produziu o 1º disco de hip hop brasileiro, chamado de Hip-Hop Cultura de Rua, que continha nomes como Thaíde e DJ Hum.[8] Ainda como produtor assina, na sequência, os primeiros álbuns da dupla Thaíde e DJ Hum (“Pergunte a Quem Conhece” e “Hip Hop na Veia”).[7] No final dos anos 1980, foi namorado da cantora Marisa Monte e teve um relacionamento com a atriz Marisa Orth em 1990. Em 1991, funda a trupe Nasi e os Irmãos do Blues que passaria nas jams sessions no circuito noturno paulistano para uma carreira solo discográfica: “Uma Noite com Nasi e os Irmãos do Blues" (1994); “Os Brutos Também Amam” (1996); “O Rei da Cocada Preta” (2000).[7] Largou a cocaína em 1997; a maconha, dez anos depois.[2] É filiado ao Partido Comunista do Brasil desde 2003.[2][9][10][11] Em 2003, posou na seção Eu Queria Ser... da Revista MTV como o X-Men Wolverine. Gostou do visual e resolveu adotá-lo, o que lhe rendeu o apelido "Wolverine Valadão" no campeonato Rockgol, além de posar como o personagem na capa do seu primeiro álbum solo, Onde os Anjos Não Ousam Pisar. No início de setembro de 2007, após brigas com o irmão/empresário Airton Valadão, Nasi retirou-se do Ira! que acabou logo em seguida.[12] Com o fim do Ira!, Nasi torna sua carreira individual definitiva e monta sua banda integrada por Nivaldo Campopiano na guitarra, Johnny Boy no Baixo, André Youssef no teclado e Evaristo Pádua na bateria, realizando uma série de shows por todo o Brasil.[7] Em 2008, grava uma versão da música "Epitáfio" dos Titãs, para tema de um dos principais personagens da novela Chamas da Vida, da RecordTV.[7] No início de 2009, Nasi se tornou personagem de desenho animado e foi o protagonista da série "Rockstar Ghost", transmitida pela MTV Brasil. A série conta a história de um caçador de fantasmas, que trabalha na repartição pública AFFFE (Agência Federal de Fiscalização de Fenômenos Espectroplasmáticos), especializada em capturar celebridades musicais já mortas. Os mortos voltam à vida, quando um disco seu é tocado ao contrário. Apaixonado por futebol, o músico também é conhecido por ser torcedor fanático do São Paulo Futebol Clube e entre 2008 e 2014, apresentou o programa 90 Minutos na rádio Kiss FM. O programa falava sobre futebol e rock 'n' roll. É presença constante em programas de debate esportivo na televisão e no rádio. Atuou no filme Sem Fio, dirigido por Tiaraju Aronovich; no longa-metragem, ele vive o protagonista Castro, viciado em cocaína que é casado com Marisa, uma mulher insatisfeita e entediada com sua rotina de trabalho. Em 2009, participou do programa esportivo Bola na Rede, da RedeTV!, e fez a abertura do show do AC/DC em São Paulo, no Estádio do Morumbi, para aproximadamente 75 000 pessoas. Em 2010, lançou o álbum Vivo na Cena, auxiliado pelo produtor americano Roy Cicala e lançado pelo selo Coqueiro Verde. No final de 2012, lançou o álbum Perigoso, em parceria com as gravadoras Trama e Coqueiro Verde. Entre 2013 e 2018, o cantor apresentou o programa Nasi Noite Adentro, exibido de quinta pra sexta-feira no Canal Brasil.[13] É pai de duas filhas e tem um neto. Em 2022, ao lado da banda Os Spoilers, lança nas plataformas um EP com quatro canções inéditas e duas regravações.[2][14] No segundo semestre de 2022, lançará o documentário "Exu e o Universo", que ajudou a escrever e a produzir, sobre a cultura e religião iorubá, que ele pratica.[2] DiscografiaSolo
Ira!
Voluntários da Pátria
Nasi & Os Irmãos do Blues
Livros sobre Nasi
Referências
Ligações externasMedia relacionados com Nasi no Wikimedia Commons |