Nancy Kerrigan
Nancy Ann Kerrigan (Woburn, Massachusetts, 13 de outubro de 1969) é uma ex-patinadora artística americana.[1] Ela conquistou duas medalhas olímpicas: uma de bronze em 1992 [2] e uma de prata em 1994.[3] Ela também conquistou uma medalha de prata e uma de bronze em Campeonatos Mundiais da Patinação.[4] No entanto, Nancy se tornou mais famosa em 1994 por ter sido vítima de um atentado perpetrado por uma rival, Tonya Harding, num episódio que o portal Sapo de Portugal chamou de "um dos maiores escândalos da história do desporto".[5] [6] BiografiaNascida a 13 de outubro de 1969, em Stoneham, Massachusetts, Nancy era a filha mais nova filha de Brenda e Dan Kerrigan. Seus irmãos eram homens e jogavam hóquei no gelo. Foi por acompanhá-los durante os jogos, que, segundo o Sapo, ela evoluiu para a patinação artística", que passou a praticar aos 6 anos de idade, vencendo a primeira competição com apenas nove anos de idade.[5] Em 1995, um ano após o atentado, Nancy casou-se com o seu agente Jerry Solomon, com quem tem três filhos.[5] Após deixar o esporte profissional, escreveu dois livros e em 2014, durante uma entrevista ao USA Today, disse que não gosta de relembrar o atentando e que nunca desejou ficar famosa devido ao que aconteceu.[5] O crimeEntre 1991 e 1994, Nancy estava no auge da carreira e era considerada como o que se convencionou chamar de "queridinha da América". Segundo o Sapo, "o país inteiro queria ser representado além fronteiras pela imagem que esta passava" e ela tinha boa aceitação por parte de jurados e patrocinadores.[5] Mas além dela, outra patinadora se destacava: Tonya Harding. Esta, no entanto, não tinha a mesma popularidade e aceitação de Nancy e acreditava que a rival poderia atrapalhar sua ida para as Olimpíadas de 1994.[7] Em 6 de janeiro de 1994, depois de algumas ameaças enviadas por cartas entre as partes, Nancy foi agredida quando saía de um treino em Detroit. Dois homens se aproximaram dela e um deles acertou seu joelho com um bastão extensível. Ele era Shane Stant e seu objetivo era quebrar o joelho da patinadora. O outro era Derrick Smith, responsável por dirigir o veículo da fuga, e ambos haviam sido contratados por Shaw Eckardt e Jeff Gillooly, respectivamente guarda-costas e ex-marido de Tonya. Investigadores do FBI logo começaram seu trabalho e chegaram aos nomes dos responsáveis, principalmente por Shaw Eckardt começar a "gabar-se pela cidade que tinha sido o 'cérebro' por trás do sucedido". Preso, Eckardt confessou o crime e deu o nome dos demais envolvidos, incluindo o de Gillooly, que acabou confessando sua participação em 27 de janeiro de 1994.[5] Tonya, então, disse não saber de nada e pediu desculpas pelo ocorrido. Porém, a história teve uma reviravolta quando autoridades encontraram um papel no lixo onde a patinadora havia anotado o local e horário onde Nancy estava treinando no dia do crime. Especialistas confirmaram que a caligrafia era a de Harding. [5] Com isto e depois de confessar que tinha omitido informações sobre o episódio durante seus depoimentos aos policiais, após as Olimpíadas de 1994 Tonya foi julgada e condenada a três anos de liberdade condicional, 500 horas de serviço comunitário, e a pagar 100 mil dólares ao Estado e 50 mil a um fundo para ajudar os 'Special Olympics'. Ela também teve que devolver o título de Campeã Nacional e acabou banida para sempre de todas as competições da Federação de Patinagem Artística dos Estados Unidos.[5] [6] Apesar do joelho de Nancy ficar machucado e dela perder o Campeonato Nacional seguinte, nenhum osso se quebrou e ela levou a medalha prata nas Olimpíadas de 1994. Tonya ficou em 8º lugar. Em 2017, o crime foi relembrado no filme "I, Tonya" (Eu, Tonya), com a atriz Margot Robbie fazendo o papel da vilã.[8] O ataque de Tonya a Nancy foi "um tema de conspiração, abuso, inveja e vingança", escreveu o La Silla Rota em 31 de janeiro de 2022.[7] Principais resultados
Referências
Ligações externas
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