Museu de São Benedito do Rosário
O Museu de São Benedito do Rosário está localizado no interior da Igreja de Nossa Senhora do Rosário, em Vitória, no Espírito Santo, e reúne peças importantes da cultura e da religiosidade local. HistóriaA Igreja de Nossa Senhora do Rosário é um templo católico localizado no centro histórico da cidade de Vitória, no estado do Espírito Santo. Sua construção foi iniciada em 1765 e para a edificação foi utilizada mão de obra escrava e foi posteriormente administrada pela Irmandade de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos.[1] Ali havia ainda a devoção a São Benedito, cuja imagem foi roubada do Convento de São Francisco, atual Cúria Metropolitana de Vitória, e levada para a Igreja de Nossa Senhora do Rosário pelos membros da Irmandade e devotos, onde permanece até hoje. Esse episódio foi o início dos conflitos travados entre os Peroás (os irmãos da igreja do Rosário) e Caramurus (os irmãos do Convento) e hoje fazem parte da história da Festa de São Benedito de Vitória.[2]
As primeiras propostas para a criação de um museu de São Benedito na igreja teriam surgido ainda na década de 1980, mas foi apenas após uma restauração realizada pelo Iphan que os planos começaram a sair do papel:
A ideia foi formalizada em 1996, em um convênio assinado entre Iphan e a Prefeitura Municipal de Vitória. A verba, entretanto, não eram suficiente para a conclusão dos trabalhos, e outros incentivos foram buscados posteriormente, em 1998 e em 2000.[4] Em 2002, foi anunciado nos jornais que o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), em conjunto com a irmandade que administra a igreja, tinha organizado esse patrimônio da igreja na forma de um pequeno museu que resgata toda a história da igreja, peças sacras e antigas vestimentas utilizadas pela Irmandade de São Benedito.[5] No início de 2013, a igreja e o museu passaram por uma restauração organizada pelo Instituto Goia e aprovada pelo Iphan, sendo inaugurada seis meses depois.[6] Patrimônio do MuseuNão há um levantamento que detalhe os bens pertencentes especificamente ao museu, pois seu acervo é entendido como parte da própria igreja. Foram identificados, entretanto, em pesquisa detalhada da historiadora Ana Motta, cerca de 40 bens que fazem parte da área do museu. Apesar de a maioria ser composta de imagens, há também partituras musicais da Filarmônica Rosariense e outros itens que a historiadora destaca:
Assim, o acervo, que em partes encontra-se em situação de difícil preservação, vai além da representação da religiosidade da capital, representando também aspectos culturais e sociais da região. Referências
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