Mohamed Diab
Mohamed Diab (Em árabe: محمد دياب, Pronúncia árabe egípcia: [mæˈħ.amæd dˤiæb]) (Ismaília, 7 de dezembro de 1978)[1] é um escritor, roteirista e diretor de cinema egípcio, cujo trabalho se centra principalmente em problemáticas relacionadas com a sociedade egípcia. É reconhecido pela sua estreia como diretor do filme de 2010 O Cairo 678, estreada um mês antes da revolução egípcia e descrita pelo New York Times como "um presságio indiscutível da revolução".[2][3] Paulo Coelho referiu-se ao filme como "brilhante" em sua conta do Twitter, afirmando aliás que deveria ser vista obrigatoriamente por todos os homens, independentemente da sua religião ou cultura".[4] Diab também escreveu a história da franquia cinematográfica El Gezeira (A ilha), cuja arrecadação em bilheteira tem sido das mais altas na história do cinema egípcio e árabe. Os filmes giram em torno da vida e obra de um narcotraficante tirânico numa ilha no norte de Egito. El Gezira é com frequência citada e referida na cultura popular egípcia e foi apresentada como a representante do Egito no ano 2007 para os Prémios da Academia na categoria de melhor filme estrangeiro. Além de fazer cinema, Diab é conhecido por sua participação como porta-voz na revolução egípcia de 2011, que lhe valeu um Prémio Webby.[5] CarreiraO Cairo 678O Cairo 678 marca a estreia de Diab como diretor. O filme segue as histórias entrelaçadas de um trio vigilante de mulheres que se enfrentam à epidemia de assédio sexual no Cairo. O filme estreou em dezembro de 2010 e é uma das produções do cinema contemporâneo egípcio mais reconhecidas pela crítica especializada. Foi distribuída internacionalmente e teve um bom desempenho, especialmente na França, onde vendeu umas 265.000 entradas e ganhou vários prémios em importantes festivais.[6] EshtebakDepois de participar ativamente na revolução egípcia de 2011, Diab queria fazer um filme dedicado exclusivamente à revolução. Tomou-lhe quatro anos desenvolver Eshtebak, que inicialmente era um filme sobre o surgimento da revolução, mas terminou sendo uma produção que captura a queda da mesma. O filme está ambientado nas violentas consequências da destituição do presidente Mohamed Morsi do partido da Irmandade Muçulmana. Os confrontos violentos estouraram em todo o Egito entre os partidários da Irmandade Muçulmana e os partidários militares. Todo o filme foi filmado no interior de um caminhão da polícia. Tematicamente, o filme explora a condição humana e as raízes do terrorismo.[7] Eshtebak fez parte da seleção oficial do Festival de Cannes de 2016.[8] Moon KnightEm outubro de 2020, foi contratado para dirigir alguns episódios de Moon Knight, série do Disney+ ambientada no Universo Cinematográfico da Marvel.[9] Filmografia
Referências
Ligações externas
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