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Mofumbo (Combretum leprosum) é uma árvore brasileira nativa da caatinga, no Nordeste, desde o Piauí até a Bahia, e no Pantanal Matogrossense (nos cerradões e matas semidecíduas).[1]
O nome mofumbo é comum no Nordeste. No Mato Grosso do Sul é conhecida como carne-de-vaca.
Características
A árvore chega a 15 m de altura, o tronco a 60 cm de diâmetro e sua copa é globosa. Na caatinga e no cerrado seco, seu tamanho é tão pequeno quanto um arbusto.
As folhas, simples, são opostas, com pontuações brancas - daí o nome da espécie - em ambas as faces, nervação levemente saliente.
As inflorescências, em panículas de rácemos terminais e axilares, têm flores ligeiramente amareladas.
Semidecídua, heliófita, seletiva xerófita, é uma planta pioneira, exclusiva das matas secundárias secas. Sua dispersão é descontínua, mas sua freqüência é elevada. Prefere terrenos argilosos, calcários, bem drenados e férteis.
Floresce de outubro a dezembro e os frutos amadurecem a partir de agosto.
Tem a propriedade de inibir a germinação e o crescimento da vegetação ao seu redor.[2]
Usos
Suas flores, apícolas, são fonte de alimento para a jandaíra (Melipona subnitida).
Tem uso na medicina popular:
as raízes são usadas em xarope, infusão ou decocto contra tosse e coqueluche
as folhas e entrecasca são usadas em infusão como hemostáticas, sudoríficas e calmantes
suas folhas e frutos são anti-asmáticas
sua casca é afrodisíaca.
Seu extrato tem efeito vasodilatador[3] e é usado contra leishmaniose.[4]
↑Mors, W.B.; Rizzini, C.T. & Pereira, N.A. 2000. Medicinal plants of Brazil. Reference Publications, Inc. Algonac, Michigan (citado em Lorenzi, H.: Plantas medicinais no Brasil)
↑Francisco das Chagas Alves Filho. Caracterização do efeito vasodilatador do extrato etanólico de Combretum leprosum. 2008. Dissertação (Mestrado em Farmacologia) - Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto-USP
↑Carolina Bioni Garcia Teles. Atividade leishmanicida do exrato etanólico, triterpeno lupano e seus derivados isolados de Combretum leprosum contra Leishmania amazonensis in vitro. 2007. Dissertação (Mestrado em Biologia Experimental) - Universidade Federal de Rondônia.
Fontes
Lorenzi, Harri: Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas do Brasil, vol. 2. Instituto Plantarum, Nova Odessa, SP, 2002, 2a. edição. ISBN 85-86174-14-3
Lorenzi, Harri; Abreu Matos, Francisco José de: Plantas medicinais no Brasil: nativas e exóticas cultivadas. Instituto Plantarum, Nova Odessa, SP, 2002. ISBN 85-86714-18-6