Miguel Raimundo
José Miguel Martins Raimundo (Évora, 5 de fevereiro, de 1987) é um médico especialista em Ginecologia e Obstetrícia, investigador e gestor português. É reconhecido pelo seu trabalho em Procriação Medicamente Assistida, o que lhe tem valido participações como palestrante e a presença como especialista em órgãos de comunicação social.[1][2][3][4] BiografiaNascido em Évora, Portugal, Miguel Raimundo estudou na Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, ingressando em 2005. Completou o ano comum no Hospital de Cascais e a especialidade no Hospital de Setúbal. Completou o mestrado em Medicina da Reprodução na Universidade Rey Juan Carlos e IVI RMA Global, em Madrid, com uma dissertação sobre o impacto do estatuto de fumador da doadora no tratamento de doação de ovócitos.[5][6][7][8][9] Sendo doutorando na Escola Nacional de Saúde Pública, na Universidade NOVA de Lisboa, em 2022, em parceria com a Marinha Portuguesa, realizou o estudo FertyOx, sobre a eficácia da Oxigenoterapia Hiperbárica associada a técnicas de procriação medicamente assistida.[10][11][12] CarreiraMiguel Raimundo tem centenas de palestras e comunicações em reuniões técnicas e científicas. É autor e coautor de várias publicações em revistas e livros nacionais e internacionais. Os seus trabalhos abordam temas como fertilidade em idade avançada, a endometriose e a eficácia de diferentes técnicas de Procriação Medicamente Assistida. Bem como as dificuldades de diagnóstico e a necessidade de maior consciencialização sobre a doença.[13][14][15] Por exemplo, em Setembro de 2020 foi convidado pelo website Notícias ao Minuto sobre o tema da infertilidade, tendo comentado que «existem 290 mil casais portugueses com problemas de infertilidade, em que 9,7% das mulheres, entre os 25 e os 45 anos, sofrem de incapacidade de gerar uma gravidez após um ano de relações sexuais sem contraceção».[16] Em Outubro desse ano voltou a ser entrevistado pelo website, desta vez sobre a prevenção do cancro da mama, tendo comunicado que «todos os dias contam para conseguir ganhar mais tempo e vencer esta batalha que é tão dura para tantas mulheres. Apesar de não ser dos mais letais, o cancro da mama tem ainda assim uma alta mortalidade, mas que pode ser invertida se existir uma deteção precoce», tendo referido cinco passos para fazer o autoexame contra aquela doença.[17] Em 18 de Novembro de 2022, Miguel Raimundo foi entrevistado no podcast Convidado Extra do jornal Observador acerca da sua colaboração com a Marinha, num estudo sobre se um mergulho a 15 m de profundidade poderia ter efeitos sobre a fertilidade feminina.[18] Em Julho de 2023 foi entrevistado pelo jornal Público acerca do congelamento dos óvulos, tendo explicado que «doenças como endometriose, o historial familiar de menopausa precoce, a reserva ovárica, ou até mesmo uma questão de genética, não devem ser descartadas quando se pensa no processo de congelamento».[19] Na sequência do veto presidencial à regulamentação da procriação medicamente assistida, em 2024, assinou um artigo de opinião no semanário Expresso, onde defendeu a urgência de se «proporcionar às famílias portuguesas a oportunidade de serem pais por meio da gestação de substituição» para evitar que se continue a empurrar os portugueses para «fazer os tratamentos noutros países em condições muitas vezes não conhecidas».[20][21] Referências
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