Mercedes-Benz Juiz de Fora
Mercedes-Benz Juiz de Fora é a unidade fabril da Mercedes-Benz localizada em Juiz de Fora, Minas Gerais,[5] criada como parte de uma estratégia mundial da Daimler-Chrysler de expansão para mercados emergentes.[1] A unidade foi projetada para funcionar similarmente a um condomínio industrial, com fornecedores de primeira linha seguindo os princípios Just in Time.[1] HistóricoSuas operações iniciaram em 1999, através de um processo de transformação econômica no município, que estava com a economia decadente.[1][6] O contrato de implantação foi realizado entre a Mercedes-Benz do Brasil, o Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais, o Instituto de Desenvolvimento Industrial, a Fundação Estadual do Meio Ambiente e os governos estadual e municipal.[7] Sendo uma das mais importantes do mercado automotivo mundial, a empresa acarreta uma melhoria da qualidade dos produtos e serviços de seus fornecedores, que acabam gerando uma melhoria em cadeia na cidade.[6] Dentre os investimentos atraídos para a cidade está a construção da Usina Termelétrica de Juiz de Fora.[6] A implantação da montadora foi baseada em um modelo de desenvolvimento regional potencializador das características internas regionais.[8] Os fatores determinantes para a construção da planta na cidade foram: a existência de mão-de-obra local qualificada desempregada devido à decadência das indústrias podendo ser paga com baixos salários por causa dos poucos postos de trabalho disponíveis; sindicato menos reivindicativo e mais dialogante; e a localização do município, perto de rodovias de fácil trânsito que levam a outros estados e a portos.[1] Importantes fatores utilizados para determinar a localização da empresa foram a existência de economias tanto de aglomeração quanto de regionalização existentes no Estado de Minas Gerais.[8] Uma das vantagens da região para a empresa é o controle da poluição do ar.[8] A planta possui baixo nível de automação: 30%, enquanto a de Rastatt, que é modelo para a de Juiz de Fora, é 100% automatizada.[1] Por causa da baixa produção e do custo da mão-de-obra, a automação é voltada para pontos de grande dificuldade, repetição ou que exijam muita qualidade.[1] O trabalho dos funcionários se dá em grupo e apresenta flexibilidade, com rotação de tarefas e designação de várias funções.[1] OperaçõesProdutosInicialmente a fábrica produzia somente o Mercedes-Benz Classe A, com capacidade de 70 mil anualmente.[1] Porém, parte significativa do potencial ficou ocioso desde sua inauguração, principalmente em virtude das mudanças cambiais no país no início de 1999.[1] A produção foi baixa pois houve demanda abaixo do esperado, já que a composição dos veículos, usando 38% de peças importadas, deixou o custo para o consumidor além do planejado pela montadora.[1] Assim, previu-se o fim da produção deste modelo no segundo semestre de 2005.[1] Para utilizar o potencial excedente, em 2001 iniciou-se a produção do Mercedes-Benz Classe C para ser exportado aos Estados Unidos.[1] Em 2012, a fábrica atingiu a marca de 10 000 unidades dos caminhões Accelo e Actros fabricadas.[9] FuncionáriosA cidade não estava preparada para receber uma empresa deste porte, e por isto este novo processo de industrialização na cidade exigiu dos cursos profissionais uma revisão completa de seus planos, para adequar a mão-de-obra às indústrias alemãs que chegaram.[6] Foram investidos R$ 28 milhões pela Mercedes-Benz em especialização e treino de seus funcionários, pois a empresa necessita de mão-de-obra altamente qualificada a fim de manter a qualidade de seus serviços e produtos.[6] Um curso de nivelamento e atualização técnica foi desenvolvido com o objetivo de atualizar o conhecimento da mão-de-obra de acordo com as necessidades da indústria.[6] Até 1998, os colaboradores passavam por um programa de integração na indústria, onde se tornavam multiplicadores, que ensinavam outros colaboradores.[6] Os multiplicadores realizavam um estágio nas fábricas da Mercedes-Benz-Raastat na Alemanha, antes de retornar e repassar a aprendizagem para os demais.[6] O total de colaboradores era de 700 funcionários, dos quais 350 são da própria cidade, com previsão de atingir-se 1500 no ano 2000.[6] Referências
|