Mauser C96
A Mauser C96 ("Construção 96")[2] foi a primeira pistola semiautomática a conhecer um uso generalizado. A arma foi projectada em 1895 pelos irmãos Fidel, Friedrich e Josef Feederle, sendo fabricada na Alemanha, pela Mauser, a partir de 1896.[3] A C96, ou variantes da mesma, foram também fabricadas, sob licença, em outros países, como a Espanha e a China.[4] As principais características da C96 são o depósito interno de munições na frente do gatilho, o cano longo, o coldre de madeira que pode ser utilizado como coronha e o punho em forma de cabo de vassoura. A Mauser C96 pode ser considerada uma das primeiras armas do tipo actualmente chamado Personal Defense Weapon, dado que o seu cano longo e a potência da sua munição, lhe dão um maior alcance e capacidade de penetração que as pistolas convencionais. Posteriormente, a Mauser C96 foi utilizada como modelo para as pistolas Blaster em Star Wars. VariantesExistiram bastantes variantes da C96, tanto desenvolvidas pela própria Mauser, como nos fabricantes sob licença em outros países. As mais conhecidas são:
MuniçõesA Mauser C96 foi inicialmente projectada para a munição 7,63 mm Mauser, sendo criada uma versão para exportação utilizando a munição 9 mm Mauser. Foram também desenvolvidas versões para calibre 9 mm Parabellum, .45 ACP (produzidas na China), 7,65 mm Borchardt, 7,65 mm Parabellum, 9 mm Bergmann (produzidas na Espanha) e 8,15 mm Mauser. Na realidade a C96 em 9mm Parabellum tem um "9 vermelho" gravado na empunhadura, porém aquele "9 vermelho" não quer dizer "ROTE NINE" e sim ROT, que em alemão é encarnado, vermelho. Ou seja, o nome da pistola em alemão é "ROT NEUN" O nome correto em inglês desta versão conhecida mundialmente é RED NINE (Amaral). UtilizaçãoA Mauser C96 foi vendida para todo o mundo. Um dos seus utilizadores mais famosos foi Winston Churchill que a utilizou durante a Segunda Guerra dos Boers, quando era oficial do Exército Britânico. As armas foram utilizadas em combate durante várias campanhas coloniais, na Primeira Guerra Mundial, na Guerra Civil de Espanha, na Guerra do Chaco e na Segunda Guerra Mundial. Muitas C96 foram vendidas à Rússia antes, durante e a seguir à Revolução de Outubro. Na década de 1920 a Mauser produziu uma quantidade significativa da variante de cano curto, por encomenda soviética, dando-lhe a alcunha de "Bolo" (abreviatura de Bolshevique). A Mauser Bolo disparava a munição de 7,63 mm Mauser. C96 importadas ou as suas cópias domésticas foram usadas extensivamente pelos chineses durante a Segunda Guerra Sino-Japonesa e a Guerra Civil Chinesa. As Forças Armadas e a Polícia da China acabaram por ser as únicas forças do mundo a adoptarem a C96 como a sua pistola regulamentar principal. A Mauser C96 foi a arma de escolha dos revolucionários indianos durante a sua luta pela independência e das forças independentistas judaicas na Palestina. Um detalhe bastante interessante foi a utilização da C96 "Schnellfeuer" pelas forças governamentais do Brasil (as Volantes), no combate ao bando de Lampião na fazenda Angicos, Poço Redondo, em Sergipe. Foi justamente de uma C96 "Schnellfeuer" calibre 7,63 Mauser, também conhecida como M712, que partiu a rajada que matou Lampião, então o "Rei do Cangaço".(Amaral,2012). Alguns Usuários
Referências
Bibliografia
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