Maureen Caird
Maureen Caird (Cumberland, 29 de setembro de 1951) é uma ex-atleta barreirista australiana, campeã olímpica e recordista mundial na Cidade do México 1968. Ao conquistar a medalha de ouro dos 80m c/ barreiras nestes Jogos, ela se tornou a mais jovem campeã individual do atletismo na história dos Jogos Olímpicos, com 17 anos de idade.[1] Caird começou no atletismo ainda adolescente, treinada pela antiga técnica da multicampeã olímpica australiana Betty Cuthbert, June Ferguson. Competiu em vários tipos de distâncias e modalidades mas mostrou ter maior desempenho nos 80 m c/ barreiras. Em 1967, com 16 anos, venceu esta prova e o pentatlo no campeonato australiano júnior.[1] No ano seguinte, defendeu com sucesso seu título nas barreiras e ainda venceu o salto em distância, no mesmo campeonato nacional. Neste mesmo ano, ela competiu em provas adultas, chegando em segundo lugar nos 80 e nos 100 m c/ barreiras, atrás da compatriota Pam Kilborn, então a melhor barreirista do mundo.[2] Com esses resultados, ela foi selecionada pelo Comitê Olímpico Australiano para competir nos Jogos Olímpicos da Cidade do México, em outubro daquele ano. No México, Caird, então com 17 anos e 19 dias de idade, e Kilborn, 29, chegaram à final. Numa prova disputada com pista molhada e para surpresa dos analistas, Caird derrotou Kilborn quase na linha de chegada, ganhando a medalha de ouro com um novo recorde mundial para a prova, 10s39.[1] Com o feito, se tornou a mais jovem campeã olímpica individual do atletismo em Jogos e ranqueada pela Federação Internacional de Atletismo como a número 1 do mundo.[2] No ano seguinte, ainda como atleta júnior, viria a estabelecer o recorde mundial para a recém-criada prova de 200 m c/ barreiras.[3] Em 1970, mesmo sofrendo de mononucleose infecciosa durante a competição, ela conseguiu o segundo lugar atrás de Kilborn nos Jogos da Commonwealth, em Edimburgo, nos 100 m c/ barreiras (que então havia substituído os 80 m no programa olímpico).[4] Em Munique 1972, Caird não conseguiu sucesso na prova, sendo eliminada ainda nos estágios iniciais, e abandonou o atletismo pouco tempo depois, por causa de dores constantes que sentia no estômago, depois diagnosticado como câncer.[3] Hoje vive com o marido na Nova Zelândia. Ver tambémReferências
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