Marku Ribas
BiografiaFilho de pai negro e mãe descendente de índios caiapós, Marku nasceu em Pirapora, interior de Minas Gerais, e iniciou a carreira em 1962, tocando bateria e cantando no grupo Flamingo. Cinco anos depois, em 1967, mudou para São Paulo com o amigo e parceiro Deo, juntos lançam o LP Deo & Marco, pela Gravadora Continental. No mesmo ano, participa do 2º Festival Internacional da Canção (FIC), no Rio de Janeiro, com a música Canto Certo. A canção foi rebatizada anos depois e regravada por Alcione, agora com o nome de Alerta Geral.[2] A letra dessa canção sofreu censura por parte dos militares, até que, incomodados com o teor das letras, em outubro de 1968 prendem Marku, que após sair da prisão, se exilou em Paris, onde participou do filme, Quatre Nuit D'une Revêur (1971), de Robert Bresson.[2][3] Seu estilo característico possui diversos elementos, entre eles: soul, samba, samba rock, jazz, funk, reisado, batuque e ritmos africanos.[4][5] Em 1985, Ribas participou do álbum Dirty Work da banda britânica Rolling Stones, participando também do clip de Just Another Night, da banda britânica.[6][7] Participou em vários filmes nacionais, entre eles, "Uma onda no ar" e "Batismo de Sangue" (como Carlos Marighella), de direção de Helvécio Ratton.[3][8][9] Marku inovou ao utilizar o próprio corpo como instrumento de percussão. Em sua voz harmonias e melodias improvisadas em qualquer ritmo, o seu estilo de cantar e inventar palavras e frases com diferentes sonoridades influenciou e continua a influenciar diferentes gerações de músicos de diferentes estilos. Ativista político declarado na luta por direitos sociais e contra o racismo, no auge do sucesso comercial de sua carreira, com o sucesso do samba rock e da soul music brasileira, rompe com as gravadoras multinacionais e parte para uma carreira independente. Afastado da mídia nacional, idos de 2001 é redescoberto e apadrinhado por Ed Mota. Lançou seu último álbum, 4 Loas, em 2010.[6] MorteMarku Ribas faleceu na noite de sábado de 6 de Abril de 2013, aos 65 anos, em decorrência de um câncer no pulmão. Ribas foi diagnosticado com câncer no pulmão em 2012 e estava com metástase. Foi internado no Hospital Lifecenter, em Belo Horizonte, onde morreu, deixando a esposa, Maria de Fátima Ribas, e duas filhas, Lira e Julia Ribas.[1][10] Discografia
Referências
Ligações externas |