Marina Mathey

Marina Mathey

Nome completo Marina de Andrade Martins
Nascimento 25 de março de 1993 (31 anos)
Americana, São Paulo,  Brasil
Residência São Paulo, São Paulo
Nacionalidade brasileira
Alma mater Escola de Arte Dramática da Universidade de São Paulo
Ocupação
Principais trabalhos 3%

Marina de Andrade Martins (Americana, 25 de março de 1993), mais conhecida pelo seu nome artístico Marina Mathey, é uma performer, atriz, cantora, compositora, dançarina, diretora, curadora e produtora cultural brasileira.[1][2] Marina é multi-artista da cena, interseccionando em sua pesquisa as linguagens da performance, música, audiovisual, dança e teatro.[3] Atualmente além de cantora e compositora independente, produtora cultural e curadora pela Coletividade MARSHA![4], atriz e diretora de cinema, também desenvolve performances, projetos, ações e discussões em torno dos direitos e visibilidade de pessoas trans na sociedade.[5]

Formação

Marina em cena no espetáculo de dança ABISSAL da iNSAiO Cia. de Arte na Oficina Cultural Oswald de Andrade

Marina Mathey iniciou seus estudos no teatro no ano de 2006 em Americana/SP. Em 2010 se muda para a capital paulista, onde já havia iniciado sua profissionalização enquanto atriz no Studio Beto Silveira (futuro Carpintaria do Ator), se formando em 2011. Em 2012 ingressa na Escola de Arte Dramática da Universidade de São Paulo, e se forma no ano de 2015.[6][7]

Atuação artística

Marina em performance "Besame mucho" durante show TRAVA no Teatro Oficina

Tendo atuado desde 2010 em espetáculos de teatro na capital paulista, Marina funda em 2016 o Coletivo Transviadas Libertárias, dirigindo a pesquisa e realização de performances urbanas que discutiam a presença/ausência de corpas ditas dissidentes sexuais e de gênero em espaços públicos e suas implicações nos mesmos. O Coletivo atuou na capital paulista de 2016 a 2018, sendo contemplado pelo Programa VAI, da Prefeitura de São Paulo, a partir de 2017.[8] Em 2018 Marina passa a integrar como intérprete-criadora a iNSAiO Cia. de Arte, permanecendo até o ano de 2020.[9] Também em 2018 Marina estreia seu primeiro show, o TRAVA, no RISCO Festival, e em 2019 circula com o mesmo por espaços como o Teatro Oficina (Festival Chama),[10] Teatro Sérgio Cardoso, Viga Espaço Cênico, Centro Cultural do Grajaú, entre outros - também por outras cidades do país, como Porto Seguro e Ilha de Boipeba, na Bahia, com produção da Corpo Rastreado.[11] Em TRAVA, a artista investiga os afetos e desafetos direcionados às corpas transvestigêneres por parte da cisgeneridade, o tesão e a pulsão de morte presente no cotidiano de uma travesti – de onde saiu seu primeiro single e videoclipe de XV. Atualmente trabalha na criação e produção do seu primeiro EP Visual. Em 2019, à convite da professora Dodi Leal, participou do projeto ENCRUZI-TRAVA - visita artística da cantarina e bailatriz Marina Mathey na Universidade Federal do Sul da Bahia, em Porto Seguro / Bahia realizando atividades como a oficina A Arte da Performance e a contrassexualidade da iluminação cênica no Centro de Cultura de Porto Seguro e um show no evento Sarará Trans, realizado na Abayomi Casa de Cultura, no bairro do Cambolo.[6]

Desde 2019 Marina dirige um projeto cinematográfico em parceria com a Casa Chama a partir do conto Uma Paixão no Deserto, de Honoré de Balzac, junta de uma equipe composta 90% por pessoas trans. Em 2020 passa a integrar a MARSHA!, uma coletividade artístico-cultural em homenagem à ativista trans negra Marsha P. Johnson, trabalhando como produtora cultural e participando da realização do primeiro festival online LGBT MARSHA! Entra na Sala[12]. Atualmente Marina desenvolve pelo coletivo o programa Cine MARSHA!, com curadoria de filmes e séries LGBTs e bate papos com profissionais da área do audiovisual. Desde 2016 tem se inserido cada vez mais como atriz no cinema brasileiro, atuando em longa-metragens e séries de grande impacto na indústria nacional e internacional como 3% da Netflix[13] e Todxs Nós da HBO[14]. Em 2020 realizou junto da dramaturga e diretora Ave Terrena a «Oficina de Afetos #sequercombina»  dentro da Encontra de Pedagogias da Teatra, com curadoria de Dodi Leal, na programação da 7ª Mostra Internacional de Teatro de São Paulo (MITsp).

Obra

Filmografia

Marina em "3%", série da Netflix
Marina em cena no espetáculo "Paris is burning - AO VIVO" com a Cia. Hiato no SESC Pompéia

Séries

Ano Título Papel Canal/Streaming
2018–2020 3% Ariel Netflix
2019 Feras Lígia MTV Brasil
2020 Todxs Nós Tâmara HBO
2020 Unidade Básica Lia Universal Channel

Filmes

Ano Título Papel Formato Direção
2015 Herói Vinícius Curta-metragem Pedro Kleindinst Figueiredo e João Pedome
2018 Sequestro Relâmpago Amiga de Isabel Longa-metragem Tata Amaral
2022 Cordialmente Teus Pochete[15] Aimar Labaki

Artigos publicados

  • "Quem tem c* tem gênero?: A cisgeneridade precisa se perceber". UOL ECOA.[16]

Ver também

Referências

  1. «Internet Movie Database IMDb». Perfil de Marina Mathey no IMDb. Consultado em 18 de junho de 2020 
  2. «SEMANA INTERNACIONAL DE MÚSICA DE SÃO PAULO». Marina canta no Sarau As Mina Tudo na SIM 2019. 5 de dezembro de 2019. Consultado em 18 de junho de 2020 
  3. «The Greatest Database of Queer Female, Non-Binary, & Transgender TV». Perfil de Marina Mathey no LezWatch.TV. Consultado em 18 de junho de 2020 
  4. «MARSHA!, um movimento de resistência e celebração na noite paulistana». Entrevista de Ana Giza para o Portal RedBull. Consultado em 22 de junho de 2020 
  5. «'Nós não fomos educadas para acharmos pessoas trans bonitas': a vida de uma universitária trans.». Entrevista de Adreya Sá para a Mídia Ninja. 21 de junho de 2019. Consultado em 18 de junho de 2020 
  6. a b «ILUMILUTAS recebe artista convidada Marina Matheus de 31/7 a 10/8/2019 no CFA!». Visita artística de Marina Mathey ao Centro de Formação em Artes da Universidade Federal do Sul da Bahia no Portal de Notícias do CFA/UFSB. 30 de julho de 2019. Consultado em 18 de junho de 2020 
  7. «5° Mostra EAD - Corpo, Espaço e Lugar». Marina participa da roda de conversa Mulheres nos espaços de formação artística entre alunas e ex-alunas da EAD/ECA/USP. 1 de março de 2018. Consultado em 18 de junho de 2020 
  8. «Após cortes de Doria, Programa VAI aprova 78 projetos a menos que em 2016». Coletivo Transviadas Libertárias é contemplado com edital de incentivo à Cultura em São Paulo/SP. 11 de maio de 2017. Consultado em 18 de junho de 2020 
  9. «iN SAiO Cia. de Arte faz mergulho 'Abissal' na Oficina Cultural Oswald de Andrade». Marina participa de espetáculo de dança Abissal da iNSAiO Cia. de Artes. 2 de abril de 2018. Consultado em 18 de junho de 2020 
  10. «Chama Festival reúne artistas trans contra o 'cis'tema em São Paulo - Programação conta com músicos, estilistas e performers que discutem questões de gênero». Marina é entrevistada pelo Caderno Ilustrada do Jornal Folha de S. Paulo. 18 de junho de 2019. Consultado em 18 de junho de 2020 
  11. «Artistas, ativistas e obras de países como Argentina, Brasil, Canadá, França, Irlanda do Norte, Jamaica, Reino Unido e Uruguai compõem a programação da primeira edição do festival». Marina estréia seu show TRAVA no RISCO Festival em dezembro de 2018. 6 de dezembro de 2018. Consultado em 18 de junho de 2020 
  12. «Liniker e Linn da Quebrada no "Marsha! Entra na Sala", festival online de apoio a mulheres trans». Marina atua como produtora cultural da coletividade MARSHA!. 31 de março de 2020. Consultado em 18 de junho de 2020 
  13. «Com boa recepção no exterior, série brasileira '3%' chega à terceira temporada - Produção, que foi a original Netflix de língua não-inglesa mais assistida nos EUA, traz trama sobre amadurecimento pessoal e político». Notícia sobre a série 3% para o portal de TV do site TERRA. 7 de junho de 2019. Consultado em 18 de junho de 2020 
  14. «Série brasileira "Todxs Nós", da HBO, propõe reflexões sobre gênero, raça e classe - Co-criadora e diretora, Vera Egito, e atriz Julianna Gerais contam como foi a preparação para a produção e refletem sobre a importância dela para o Brasil». Notícia sobre a série Todxs Nós para o portal de Cultura da Revista Glamour, Grupo Globo. 17 de maio de 2020. Consultado em 18 de junho de 2020 
  15. «Cordialmente Teus». pandorafilmes.com.br. Consultado em 28 de setembro de 2022 
  16. «Quem tem c* tem gênero: A cisgeneridade precisa se perceber». Artigo de Marina Mathey para o canal ECOA do Portal UOL. 29 de janeiro de 2020. Consultado em 18 de junho de 2020