Maria Olguim
Maria Olguim, nascida Cipriana Lobato Holguim (Castelo Branco, 26 de Abril de 1894 — Figueira da Foz, 1 de Janeiro de 1984) foi uma actriz portuguesa. BiografiaEra filha de João Holguim Rodrigues, fogueiro do caminho de ferro, nascido em San Pedro de Latarce, Valladolid, e de Encarnação Lobato Santano, doméstica, nascida em Navas del Madroño, Alcántara, Cáceres.[1] Quando Cipriana tinha dois ou três anos, a família foi viver para a Figueira da Foz. Durante a 1ª Guerra Mundial, frequentou um curso para ser enfermeira de guerra, mas acabou por não exercer por entretanto se ter declarado uma epidemia. Trabalhou como costureira, mas tinha gosto em cantar e em representar, tendo-se iniciado com muito sucesso no teatro amador, depois de vencer a oposição paterna. Popularizou-se no cinema, depois de se estrear em Tinoco em Bolandas (1924) de António Pinheiro. Em 1942 participou em Ala-Arriba! de Leitão de Barros. Sob a direcção de Arthur Duarte, participa em filmes-êxito do cinema português dos anos 40 e 50 como O Costa do Castelo (1943), A Menina da Rádio (1944), O Leão da Estrela (1947) O Grande Elias (1950) e O Noivo das Caldas (1956). Salienta ainda, entre outros, O Crime da Aldeia Velha (1964), O Trigo e o Joio (1965), Nazaré (1952), Madragoa (1952) de Manuel Guimarães. Trabalhou também com Perdigão Queiroga, Leitão de Barros, António Lopes Ribeiro. Numa entrevista de 1972, à RTP, Olguim, com 78 anos, dizia ter participado em muitos filmes, portugueses e estrangeiros, mas nunca prosperara com isso, enfrentando então dificuldades financeiras. Vivia num quarto arrendado, e dizia gostar de poder morar num andar, onde pudesse ter espaço para receber as clientes no seu trabalho de costureira.[2] Queixava-se de nunca mais ter sido procurada para representar. Anos depois ainda participaria em pequenos papéis nos filmes Cântico Final (1976), Recompensa (1978) e Manhã Submersa (1980). Ao longo do seu percurso no cinema interpretou também peças de teatro televisivo, sob a direcção de Artur Ramos (1970 - Auto da Natural Invenção de Luiz Francisco Rebello; 1959 - Dez Contos de Reis de Teresa Rita Lopes; 1957 - Realidade da Fantasia de Claude Gével), entre outras. Televisão
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