Manoel Cavalcanti Novaes

Manoel Novaes
Deputado federal pela Bahia
Período 1934-1937
1946-1987
Dados pessoais
Nome completo Manoel Cavalcanti Novaes
Nascimento 6 de março de 1908
Floresta, PE
Morte 23 de janeiro de 1992 (83 anos)
Brasília, DF
Progenitores Mãe: Benvinda Cavalcanti Novaes
Pai: João Novaes
Alma mater Universidade Federal da Bahia
Cônjuge Necy Novaes
Dagmar Novaes
Partido PSD (1932-1937)
UDN (1945-1950)
PR (1950-1962)
PTB (1962-1965)
ARENA (1965-1980)
PDS (1980-1985)
PFL (1985-1992)
Profissão médico

Manoel Cavalcanti Novaes (Floresta, 6 de março de 1908Brasília, 23 de janeiro de 1992) foi um médico e político brasileiro que exerceu doze mandatos de deputado federal pela Bahia.[1][2][3]

Dados biográficos

Filho de João Novaes e Benvinda Cavalcanti Novaes. Médico formado pela Universidade Federal da Bahia em 1930, trabalhou na Saúde Pública do estado. Sua estreia na seara política ocorreu como orador e partícipe dos comícios da Aliança Liberal e depois foi oficial de gabinete dos interventores Leopoldo Amaral e Juracy Magalhães.[nota 1] Eleito deputado federal pelo PSD[nota 2] em 1933 e 1935, participou da elaboração da Constituição de 1934 mantendo-se em atividade até a decretação do Estado Novo por Getúlio Vargas, quando exilou-se na Europa.[1][4]

Retornou à vida pública pela UDN sendo eleito deputado federal em 1945 e assim ajudou a elaborar a Constituição de 1946.[5] Fundador do Partido Republicano na Bahia, foi reeleito em 1950, 1954, 1958 e 1962. Decretado o bipartidarismo pelo Regime Militar de 1964, ingressou na ARENA e foi reeleito em 1966, 1970, 1974 e 1978. Nesse período, viu promulgarem a Constituição de 1967 e a subsequente Emenda Constitucional Número Um de 1969, esta uma imposição da Junta Militar de 1969.[6][7] Com o retorno ao pluripartidarismo em 1980, ingressou no PDS e em 1982 conquistou seu décimo segundo mandato consecutivo,[nota 3] Nessa legislatura, votou contra a emenda Dante de Oliveira em 1984, mas sufragou Tancredo Neves no Colégio Eleitoral em 1985,[8][9] Após filiar-se ao PFL, disputou outro mandato em 1986, colhendo apenas uma suplência.[10] Em 1989 publicou Memórias do São Francisco. Sua esposa, Necy Novaes, foi eleita deputada federal em 1962, 1966 e 1970.[11] Viúvo, casou-se a segunda vez com Dagmar Novaes.

Notas

  1. Somando-se as duas interventorias, Manoel Novaes permaneceu no cargo entre 1931 e 1933.
  2. Não se trata do partido homônimo surgido em 1945, mas de uma legenda homônima.
  3. A interrupção por conta do Estado Novo em 1937 é desconsiderada por refletir um evento alheio à continuidade do processo político.

Referências

  1. a b BRASIL. Fundação Getúlio Vargas. «Biografia de Manoel Novaes no CPDOC». Consultado em 4 de janeiro de 2024 
  2. BRASIL. Câmara dos Deputados. «Biografia do deputado Manoel Novaes». Consultado em 4 de janeiro de 2024 
  3. Lustosa da Costa (6 de dezembro de 1986). «O adeus do veterano constituinte. Política – p. 04». acervo.estadao.com.br. O Estado de S. Paulo. Consultado em 7 de janeiro de 2024 
  4. BRASIL. Presidência da República. «Constituição de 1934». Consultado em 4 de janeiro de 2024 
  5. BRASIL. Presidência da República. «Constituição de 1946». Consultado em 4 de janeiro de 2024 
  6. BRASIL. Presidência da República. «Constituição de 1967». Consultado em 4 de janeiro de 2024 
  7. BRASIL. Presidência da República. «Emenda Constitucional Número Um de 1969». Consultado em 4 de janeiro de 2024 
  8. Clóvis Rossi (26 de abril de 1984). «A nação frustrada! Apesar da maioria de 298 votos, faltaram 22 para aprovar diretas. Capa». acervo.folha.com.br. Folha de S.Paulo. Consultado em 4 de janeiro de 2024 
  9. Redação (16 de janeiro de 1985). «Sai de São Paulo o voto para a vitória da Aliança. Política, p. 06». acervo.folha.com.br. Folha de S.Paulo. Consultado em 4 de janeiro de 2024 
  10. BRASIL. Tribunal Superior Eleitoral. «Eleições de 1986». Consultado em 4 de janeiro de 2024 
  11. BRASIL. Fundação Getúlio Vargas. «Biografia de Necy Novaes no CPDOC». Consultado em 4 de janeiro de 2024