Maitaca-de-cabeça-azul
A maitaca-de-cabeça-azul,[2] curica, maitaca-azul ou maitaca-do-norte[3] (nome científico: Pionus menstruus) é uma espécie de ave psitaciforme da família dos psitacídeos (Psittacidae). Tem um tamanho médio de cerca de 27 centímetros de comprimento. O corpo é predominantemente verde, com cabeça e pescoço azuis e coberteiras vermelhas na parte inferior da cauda. São populares como animais de estimação.[4] EtimologiaMaitaca origina-se do termo tupi mbai'ta, que é composta de mba'e ("coisa") e ta ("ruído, barulho"), que é uma abreviação de taka.[5] Também foi adaptado em português como baitaca, maitá, maritaca, etc. Foi registrado em 1721 como maitáca e 1783 como maitacas.[6] Curica, por sua vez, se originou do tupi ku'ruca. Foi registrado como corica em 1576 e coriqua em 1618.[7] TaxonomiaA maitaca-de-cabeça-azul foi formalmente descrita em 1766 pelo naturalista sueco Carlos Lineu na décima segunda edição de seu Systema Naturae. Ele o colocou com todos os outros papagaios do gênero Psittacus e cunhou o nome binomial Psittacus menstruus.[8] Lineu baseou sua descrição em relatos anteriores de Mathurin Jacques Brisson e George Edwards. Em 1760, Brisson publicou uma descrição de Le perroquet a teste bleue de la Guiane de um espécime preservado que havia sido coletado na Guiana Francesa.[9] Em 1764, Edwards incluiu uma descrição e uma gravura colorida à mão de um pássaro vivo no terceiro volume de seu Gleanings of Natural History.[10] A maitaca-de-cabeça-azul é agora um dos oito papagaios colocados no gênero Pionus que foi introduzido em 1832 pelo naturalista alemão Johann Georg Wagler.[11][12] O nome do gênero vem do grego antigo piōn, pionos que significa "gordura". O epíteto específico menstruus é latino e significa "menstrual".[13] Três subespécies são reconhecidas:[12]
A BirdLife International e a União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN / IUCN) tratam a subespécie P. m. reichenowi como uma espécie separada.[14][15] CaracterísticasA maitaca-de-cabeça-azul é encontrada na Bolívia, Brasil, Colômbia, Costa Rica, Equador, Guiana Francesa, Guiana, Panamá, Peru, Suriname, Trindade e Tobago e Venezuela. Não é migrante e habita florestas tropicais e subtropicais úmidas, pântanos, savanas, plantações e florestas fortemente degradadas. Estima-se que uma geração de maitaca-de-cabeça-azul seria 4,91 anos.[1] Tem cerca de 28 centímetros (11 polegadas) de comprimento e pesa 245 gramas. É principalmente verde com uma cabeça azul, pescoço e peito superior, coberteiras vermelhas da cauda e alguns amarelados nas coberturas das asas. A mandíbula superior é preta com áreas avermelhadas em ambos os lados. Nidifica em cavidades de árvores. Os ovos são brancos e geralmente há três a cinco em uma ninhada. A fêmea incuba os ovos por cerca de 26 dias e os filhotes deixam o ninho cerca de 70 dias após a eclosão.[4] ConservaçãoNão há dados concretos sobre o tamanho de sua população, que foi estimada na faixa de cinco e 50 milhões de indivíduos. Presume-se que sua população esteja instável, mas corre risco de declinar a uma taxa de 10% a cada dez devido à perda de habitat. Apesar disso, por sua ampla distribuição e grande população estimada, foi classificada na Lista Vermelha da UICN como pouco preocupante.[1] No Brasil, em 2005, foi classificada como vulnerável na Lista de Espécies da Fauna Ameaçadas do Espírito Santo;[16] e em 2018, como pouco preocupante na Lista Vermelha do Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).[17][18] Referências
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