Mabel FitzRobert
Mabel FitzRobert ou Mabel FitzHamon, também chamada de Matilde e Sibila (Gloucestershire, c. 1085,[1] 1090[2] ou 1100 – Bristol, 29 de setembro de 1157)[3][4] foi uma nobre e herdeira inglesa. Ela foi casada com Roberto, 1.º Conde de Gloucester, um filho ilegítimo do rei Henrique I de Inglaterra, e, portanto, meio-irmão da imperatriz Matilde, a quem ele apoiou durante a guerra civil inglesa conhecida como A Anarquia. Ela exerceu um papel influente como condessa. FamíliaMabel era a filha mais velha de Roberto FitzHamon e de Sibila de Montgomery. Os seus avós paternos eram o xerife de Kent, Hamo Dapifer, um oficial anglo-normando que serviu aos reis Guilherme, o Conquistador, seu parente, e seu filho, Guilherme II, e Matilde (Maud) Godhaut. Os seus avós maternos eram Rogério de Montgomery, primeiro conde de Shewsbury e também conde de Arundel, e Mabel de Bellême, que era conhecida pela sua reputação cruel. Ela teve três irmã mais novas: Avoisa, que morreu na Abadia de Wilton,[5] Cecília, que morreu na Abadia de Shaftesbury,[6] e Amícia, todas as quais se tornaram freiras. BiografiaCom a morte do pai, Roberto, em março de 1107, Mabel herdou todas as suas terras e propriedades na Inglaterra, no País de Gales e na Normandia, devido ao fato de que suas irmãs tinham ingressado na Igreja.[7] No mês de junho de 1119, na comuna normanda de Lisieux, Mabel teve seu casamento com Roberto de Caen, o futuro conde de Gloucester, solenizado.[7] Ele era filho ilegítimo do rei Henrique I com uma de suas amantes, possivelmente uma mulher de sobrenome Gay ou Gayt do norte de Oxfordshire.[8] Os dois tinham contraído uma forma de matrimônio em algum momento antes de 1112.[3] Através da união, Roberto adquiriu as Honras de Gloucester, na Inglaterra, de Glamorgan, no País de Gales, e de Sainte-Scolasse-sur-Sarthe, Évrecy, e Creully, sendo essas três na Normandia.[7] Por direito da esposa (jure uxoris), o marido de Mabel se tornou o 2.º senhor de Glamorgan, e ganhou posse do Castelo de Cardiff que pertenceu ao sogro. Em 1121 ou 1122, foi criado o título de conde de Gloucester para Roberto, e assim, Mabel se tornou a nova condessa. Originalmente um apoiador do rei Estêvão, seu primo, Roberto mudou de lado após ter brigado com ele, em 1137, e ter tido suas terras confiscados por Estêvão. O conde de Gloucester passou, então, a seguir a meia-irmã, Matilde, oponente de Estêvão, cujo trono inglês lhe havia sido prometido em vida pelo pai. Roberto foi o comandante do exército da senhora dos ingleses, e, em 1141, foi capturado no Tumulto de Winchester.[9] Sem seu leal apoiador para ajudá-la em seus esforços, Matilde se viu obrigada a realizar uma troca de prisioneiros com a esposa de Estêvão, Matilde I, Condessa de Bolonha, na qual Estêvão foi trocado pela liberdade de Roberto. Como condessa, Mabel exerceu um papel administrativo proeminente no senhorio de Gloucester.[10] A sua importância política ficou evidente quando ela se tornou responsável por garantir que o marido mantivesse sua parte no acordo que fez com Miles de Gloucester, 1.º Conde de Hereford.[10] A condessa também serviu como testemunha em quatro outurgas do marido, assim como deu seu consentimento pessoal para a fundação dele da Abadia de Margam (derivada da Abadia de Claraval) no País de Gales, cujo financiamento veio de suas próprias terras.[10] Mais tarde, após a morte de Roberto em outubro de 1147, Mabel assumiu o controle das terras normandas da Honra de Gloucester em nome do filho primogênito, Guilherme.[10] Eles tiveram sete filhos, cinco meninos e duas meninas. A condessa viúva faleceu na cidade de Bristol, no dia 29 de setembro de 1157, com idade entre 57 a 72 anos de idade – dependendo do ano em que nasceu – quase dez anos após a morte do marido. Ela foi enterrada no Priorado de São Jaime, na mesma cidade.[2] Descendência
Ascendência
Referências
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