Luiz Orlando Carneiro

Luiz Orlando Carneiro
Nascimento 30 de outubro de 1938
Rio de Janeiro
Morte 11 de janeiro de 2023
Cidadania Brasil

Luiz Orlando Carneiro (Rio de Janeiro, 30 de outubro de 1938 - Brasília, 11 de janeiro de 2023) foi um advogado, escritor, poeta e jornalista brasileiro, foi editor do Jornal do Brasil ("JB").[1]

Biografia

Luiz Orlando Carneiro nasceu no dia 30 de outubro de 1938, no Rio de Janeiro. Cursou o ensino primário, médio e científico no Colégio de São Bento (RJ).

Depois de concluído o Colégio São Bento, Carneiro tentou a Escola Naval e o Itamaraty, contrariando a vontade do pai, juiz, que o queria dedicado ao Direito formou-se em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade do Estado da Guanabara (UEG, atual UERJ) em 1963. Quando ainda se preparava para o vestibular em Direito, em outubro de1958, começou a trabalhar como repórter-estagiário no Jornal do Brasil. Foi admitido em janeiro de 1959. Cobriu o Itamaraty de agosto de 1959 a meados de 1963, quando assumiu o cargo de subchefe de reportagem. Foi chefe de reportagem (1964-1969), editor de notícias (1969-1974), chefe da redação (1974-1979), chefe da sucursal do JB em Brasília e diretor-regional do JB (1979-1992), além de editorialista, colunista (Informe JB) e repórter especial especializado em assuntos jurídicos e cobertura do Supremo Tribunal Federal (STF). L.O, como é tratado pelos colegas, continua fazendo a cobertura do STF para o site de notícias jurídicas "Jota", no qual escreve desde 2014.

O contato com a boa música começou cedo. Na infância, Luiz Orlando recebeu educação musical clássica. Foi na adolescência que tornou-se um aficionado do jazz.[1] Em 1965 participou da fundação do Clube de Jazz e Bossa ao lado de Jorge Guinle, Ricardo Cravo Albin, Ary Vasconcelos, Sérgio Porto, Everardo Castro, Robert Celerier e outros.[2]

Já em Brasília, dedica boa parte do tempo a escrever sobre Jazz, do qual é um "emérito especialista", e sobre o qual ensina: "o jazz tem uma pré-história e uma história, e só pode ser devidamente apreciado por quem se dispuser a empreender - com base em seu registro por excelência, as gravações - uma aventura musical".[3]

Mantém, há anos, coluna semanal sobre jazz no Jornal do Brasil (atualmente JBonline).

No dizer de Sandra Moreyra, Carneiro compunha junto a Elio Gaspari, Paulo Henrique Amorim e Renato Machado os grande nomes da imprensa brasileira que compunham o JB nos anos 1970.[4] Foi o responsável pelo ingresso no jornalismo de seu primo José Trajano, considerado um dos maiores jornalistas do Brasil.[5]

Morte

Ele estava internado em um hospital particular de Brasília, e apresentava quadro de insuficiência renal.[6]

Obras

  • "Jazz, Uma Introdução" (Artenova, 1982);
  • "Obras Primas do Jazz" (Zahar,1986);
  • "Elas também Tocam Jazz" (Zahar, 1989);
  • "Guia de Jazz em CD" (Zahar, 2000; 2002, segunda edição);
  • "Entrevistas Imaginárias" (MW Comunicação Empresarial, 2017)

Referências

  1. a b Guima (22 de dezembro de 1970). Acervo digital da Biblioteca Nacional do Brasil (Consulta). «Gente». Rio de Janeiro. Jornal do Brasil. Ano LXXX (222): 9, Primeiro caderno 
  2. Institucional (s/d). «Clube de Jazz e Bossa». Dicionário Cravo Albin de MPB. Consultado em 27 de fevereiro de 2016 
  3. Agência Estado (7 de janeiro de 2001). «Guias para não se perder no mundo imenso do jazz». O Estado de São Paulo. Consultado em 4 de abril de 2016 
  4. Institucional (15 de maio de 2002). «Sandra Moreyra - Trajetória». Memória Globo. Consultado em 4 de abril de 2016 
  5. Vanessa Gonçalves e Alana Rodrigues (22 de julho de 2014). «"Estamos vivendo um Fla-Flu ideológico", diz Trajano sobre intolerância nas redes sociais». Portal Imprensa. Consultado em 4 de abril de 2016 
  6. «Morre o jornalista luiz orlando carneiro». correio braziliense. 12 de janeiro de 2023