Ludwig Haetzer
Ludwig Haetzer (Bischofszell, Thurgau, 1500 — Constança, 4 de fevereiro de 1529) foi líder anabatista alemão, matriculou-se na Universidade de Basileia porém jamais conseguiu um grau acadêmico. Teve uma educação humanística, pois em 1523, já dominava os três idiomas clássicos: hebraico, grego e o latim. Depois de concluir seus estudos por volta de 1520, tornou-se pastor em Constança, que era a sede do bispo. Mais tarde, tornou-se capelão em Wädenswil, perto do Lago Zurique, região que foi politicamente anexada à Zurique. Em 1523, deixa este cargo e vai para Zurique. O motivo desta mudança foi provavelmente sua inclinação pelo movimento da Reforma. Ele escreveu um artigo contra o uso de imagens de adoração, traduziu para o latim textos evangélicos relativos à conversão dos judeus, e junto com Hans Denck, traduziu os profetas da Bíblia para o alemão, obra publicada em 13 de abril de 1527[1], tendo também escrito um opúsculo desencorajando o uso do álcool. Haetzer considerava Jesus como um líder e professor, sem as características divinas e não como objeto de adoração, portanto ele era um antitrinitário e talvez unitariano. No conselho de Zurique de 17 de janeiro de 1525[1] ele, junto com Wilhelm Reublin (1480-1559)[2], Johannes Brötli (1494-1528)[3] e Andreas Castelberger (1500-1531)[4] foram expulsos da cidade como pessoas não gratas. De Zurique ele foi para Constança, onde o bispo estava engajado numa luta contra o conselho, que defendia a reforma. Haetzer estava entre os clérigos que no dia 29 de abril de 1525[1] fizeram o juramento de obediência ao conselho. Haetzer participou do Sínodo dos Mártires em Augsburgo. Ele foi executado pelo seu radicalismo anabatista por decapitação em Constança, no dia 4 de fevereiro de 1529, acusado tecnicamente de adultério. Composto e tranquilo caminhou até o local da execução, o mesmo onde Jan Huss havia morrido, advertindo os presentes com seu discurso comovedor. Inesperadamente, sua cabeça pende sob a espada do executor. Thomas Blarer (1499-1567)[5], conselheiro de Constança, descreve seus últimos momentos numa carta a Wilhelm von Zell[6], amigo de Haetzer. Haetzer foi também um notável autor de hinos, suas composições tiveram boa aceitação dentro da hinologia anabatista. Obras
Bibliografia
Veja também
Referências |