Luís Hernâni Dias Amado
Luís Hernâni Dias Amado GOL (Lisboa, 19 de janeiro de 1901 — Lisboa, 22 de janeiro de 1981) foi um professor, escritor, jornalista, político e maçon português. BiografiaLicenciado (1924[1]) e Doutorado (1942) em Medicina e Cirurgia pela Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa,[1] Dias Amado exerceu funções docentes nesta instituição como Assistente da Cadeira de Histologia desde 1924,[1] até 1947, data em que foi afastado da vida académica por motivos políticos, pelo Governo do Estado Novo, através da Resolução do Conselho de Ministros de 14 de junho de 1947 proferida ao abrigo do Decreto-Lei N.º 25 317, de 13 de maio de 1935. Dias Amado foi igualmente Assistente de Análises Clínicas dos Hospitais Civis de Lisboa, em cujo Concurso se classificou em primeiro lugar, em 1943[1]. Pertenceu à Sociedade Portuguesa de Anatomia, à Sociedade Portuguesa de Ciências Naturais, à Sociedade Portuguesa de Biologia e à Universidade Popular Portuguesa, e cooperou no Congresso dos Anatomistas (Association des Anatomistes) em 1933, e no Congresso de Anatomia, reunido em Lisboa, em 1941.[1] Publicou, entre outros, os seguintes trabalhos:[1]
Colaborou em "O Diabo", "Globo" e "Técnica".[1] Foi colaborador da Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira.[1] Dias Amado destacou-se na atividade de oposição ao Estado Novo, tendo sido um dos fundadores da União Socialista, do Movimento de Unidade Nacional Antifascista (MUNAF) e do Movimento de Unidade Democrática. Participou nas campanhas eleitorais da oposição para a Presidência da República de 1949, 1951 e 1958 (Cunha Leal e, depois da desistência deste, Humberto Delgado) e para a Assembleia Nacional, em 1961, sendo detido pela PIDE nesta ocasião e depois novamente em 1964, julgado por atividades contra a «segurança do Estado». Entre 1957 e 1975 foi o 37.º Presidente do Conselho da Ordem do Grande Oriente Lusitano..[2] Assinou o Programa para a Democratização da República, em 1961, na sequência do que foi detido pela polícia política. Fez parte do Directório Democrato-Social. Na sequência da Revolução de 25 de Abril de 1974, foi reintegrado na Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, como professor catedrático. Dias Amado foi presidente do Conselho da Ordem do Grande Oriente Lusitano entre 1957 e 1974,[3] e seu Grão Mestre entre 1974 e 1981.[4][5][6] A 14 de abril de 1982, foi agraciado, a título póstumo, com o grau de Grande-Oficial da Ordem da Liberdade.[7] Referências
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