Lourdes Maria Bandeira

Lourdes Maria Bandeira
Lourdes Maria Bandeira
Nascimento 1949
Ijuí (Brasil)
Morte 12 de setembro de 2021 (71–72 anos)
Brasília (Brasil)
Residência Brasil
Cidadania Brasil
Alma mater
Ocupação funcionária pública, investigadora, professora universitária
Empregador(a) Universidade de Brasília, Universidade de Brasília, Departamento de Sociologia

Lourdes Maria Bandeira (Ijuí, 1949 - Brasília, 12 setembro de 2021)[1][2] foi professora universitária e pesquisadora brasileira. Uma das maiores referências nas pesquisas sobre violência contra a mulher no Brasil.[3]

Formação

Graduou-se, em 1971, em Ciências Sociais, pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). No ano de 1978 concluiu o mestrado em Sociologia na Universidade de Brasília (UnB) e o doutorado, em 1984, na Université René Descartes – de Paris V, sob orientação de Viviane Isambert Jamati, com defesa da tese Force de Travail et Scolarité; le cas du Nord-Est Brésilien (1975-1979). Realizou pós-doutorado na área de Sociologia do conflito com Michel Wieviorka, na École des Hautes Études en Sciences Sociales - EHESS no período de 2001 a 2002.[4]

Carreira

Lourdes Bandeira, lecionou na graduação e na pós-graduação do Departamento de Ciências Sociais da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), entre 1977 e 1991.[5]

Desde o início da década de 1990, atuou como docente no Departamento de Sociologia da Universidade de Brasília (UnB), tornando-se, a partir de 2005, professora titular. Foi também coordenadora do Núcleo de Estudos e Pesquisas da Mulher (NEPeM) e membro do Conselho de Direitos Humanos da mesma universidade.[6][7] Sua produção acadêmica prioriza a Sociologia Urbana e da Cultura – Gênero, feminismo, feminicídio violência de gênero, violência contra à mulher e políticas públicas.[8][9]

De 2008 a 2011 integrou a Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República (SPM-PR). Nesse período, foi secretária de Planejamento e Gestão e, em março de 2012, foi nomeada para o cargo de Secretária-executiva da SPM-PR, onde permaneceu até janeiro de 2015.[3][10][4]

Entre os anos de 2017 e 2018 foi membro do comitê editorial da Editora da Universidade de Brasília,[11] também participou, como Editora-chefe, da Revista Sociedade e Estado.[6][12]

Morreu no dia 12 de setembro de 2021, aos 72 anos, vítima de embolia pulmonar e acidente vascular cerebral (AVC).[13]

Obras

  • 2019 - Encontros com a sociologia - Lourdes Maria Bandeira, Mariza Veloso e Edson Farias (Orgs.).
  • 2012 - Dicionário temático desenvolvimento e questão social.
  • 2007 - A Segurança pública no Distrito Federal - Lourdes Maria Bandeira e Arthur Trindade Maranhão Costa.[14][4]
  • 2006 - Políticas públicas e violência contra as mulheres: metodologia de capacitação de agentes públicos/as - Lourdes Maria Bandeira, Tânia Mara Campos de Almeida. ISBN 978-8588485099[4]
  • 2005 - Mulheres em ação: práticas discursivas, práticas políticas.
  • 2004 - Violência contra as mulheres: a experiência de capacitação das DEAMs da Região Centro-Oeste/Agende. Organizado por Lourdes Bandeira, Tânia Mara Campos de Almeida e Andrea Mesquita. Brasília, 2004. (Cadernos Agende, v. 5) ISBN 85-88485-08-7[4]
  • 2000 - Politica, ciência e cultura em Max Weber - Lourdes Maria Bandeira, Maria Francisca Pinheiro Coelho e Marilde Loiola de Menezes (Orgs.)[15].
  • 1999 - Violência, gênero e crime no Distrito Federal - Lourdes Maria Bandeira e Mireya Suárez.
  • 1997 - Feminismo e gênero - Lourdes Maria Bandeira e Deis Elucy Siqueira (Org.)[16].
  • 1997 - Eu marcharei na tua luta: a vida de Elizabeth Teixeira - Lourdes Maria Bandeira e R. Godoy. João Pessoa: Ed. UFPB.[17]
  • 1986 - Mulheres, palanques e monumentos (Revista).

Referências

  1. «Lourdes Maria Bandeira - 16514719». VIAF. Consultado em 15 de setembro de 2021 
  2. DF RECORD (13 de setembro de 2021). «Morre professora da UnB Lourdes Maria Bandeira». R7.com. Consultado em 14 de setembro de 2021 
  3. a b Universa (13 de setembro de 2021). «Morre Lourdes Bandeira, referência no estudo sobre violência contra mulher». www.uol.com.br. Consultado em 14 de setembro de 2021 
  4. a b c d e «Currículo Lattes - Lourdes Maria Bandeira». CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico. 26 de abril de 2021. Consultado em 14 de setembro de 2021 
  5. Reitoria da UFPB (13 de setembro de 2021). «UFPB lamenta falecimento da professora Lourdes Maria Bandeira — GOVERNO FEDERAL UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA - UFPB». Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Consultado em 15 de setembro de 2021 
  6. a b «Morre professora da UnB Lourdes Maria Bandeira neste domingo (12/9)». Correio Braziliense. 13 de setembro de 2021. Consultado em 14 de setembro de 2021 
  7. Teixeira, Isadora (13 de setembro de 2021). «Morre professora da UnB Lourdes Maria Bandeira». Metrópoles. Consultado em 14 de setembro de 2021 
  8. «CNPq lamenta o falecimento da Profª Lourdes Bandeira». Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico. 13 de setembro de 2021. Consultado em 14 de setembro de 2021 
  9. «UnB Pesquisa». UnB. Consultado em 16 de setembro de 2021 
  10. «Perfil - Lourdes Bandeira». Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos. Consultado em 14 de setembro de 2021 
  11. «Conselho editorial - Editora Universidade de Brasília - Editora UnB». www.editora.unb.br. Consultado em 14 de setembro de 2021 
  12. «Sobre a Revista | Sociedade e Estado - Conselho Editorial». periodicos.unb.br. Consultado em 14 de setembro de 2021 
  13. «Lourdes Bandeira, referência no estudo sobre violência contra mulher, morre aos 72 anos». ISTOÉ Independente. 13 de setembro de 2021. Consultado em 14 de setembro de 2021 
  14. Brayner, Cristian (dezembro de 2020). Bibliografia Brasília. [S.l.]: Brasília:Câmara dos Deputados, Edições Câmara 
  15. «Política, Ciência e Cultura em Max Weber | Livraria Imprensa Oficial». livraria.imprensaoficial.com.br. Consultado em 17 de outubro de 2021 
  16. Rifiotis, Theophilos (2001). «Reseña de "Violência, gênero e crime no Distrito Federal" de Mireya Suárez, e Lourdes Bandira(Orgs.)» (PDF). Universidade Federal de Santa Catarina. Revista Estudos Feministas. 9 (2): pp. 634-635. Consultado em 17 outubro 2021 
  17. «De Olho na História (II) — Elizabeth Teixeira, 95 anos, uma camponesa marcada pela resistência | Combate Racismo Ambiental». racismoambiental.net.br. Consultado em 17 de outubro de 2021 
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