Louis Claude de Saint-Martin
Louis-Claude de Saint-Martin (Amboise, França 18 de janeiro de 1743 – 13 de Outubro de 1803) foi um filósofo e místico francês.[1] Foi discípulo de Martinez de Pasqually e Jacob Boehme (de forma póstuma, através de seus escritos). Advogado, deixou de lado a jurisprudência e, ao lado de Jean-Baptiste Willermoz, lançou a base do martinismo. Influenciou diversos ocultistas franceses, especialmente Éliphas Lévi, Stanislas de Guaita e Papus. VidaNasceu de família nobre, porém pobre e sem muitas posses. A sua mãe faleceu pouco após o parto. Saint-Martin foi criado por seu pai e por sua madrasta, de quem sempre guardou profundo carinho. Antes de ingressar na faculdade, já tinha adquirido conhecimento com obras ocultistas e filosóficas, sendo muito influenciado por Blaise Pascal. Após cursar direito, estudou também destacados filósofos modernos, como Voltaire, Rousseau, Montesquieu. Logo após se formar, desiste da jurisprudência e ingressa no exército francês, em um regimento baseado em Bordeaux, em 1765. Neste, através de um colega de farda, é apresentado a Martinez de Pasqually e à Ordem dos Élus Cohens do Universo. Em fins de 1768, Saint-Martin foi iniciado nos três primeiros graus simbólicos da referida Ordem pela espada de Balzac, avô de Honoré de Balzac, o famoso romancista francês das primeiras décadas do século XIX. Também conhece Jean-Baptiste Willermoz, que viria a ser seu amigo por muitos anos. Juntos, após a morte de Martinez de Pasqually em 1774, na então colônia francesa de São Domingos, atual Haiti, iniciam de forma individual uma nova forma de misticismo cristão, sendo que Saint-Martin se influencia também pelos escritos de Jacob Boehme, de quem havia tomado conhecimento através de Rodolphe de Salzmann, em meados de 1788.[2] Escreveu diversos livros, sob o pseudônimo de Filósofo Desconhecido. Influenciou diversos nobres franceses e europeus, criando uma sociedade iniciática, conhecida como Sociedade dos Filósofos Desconhecidos. No início de 1800, a sua doutrina já alcançava diversos países europeus, como Alemanha, Rússia e na própria França.[3] Obra literária
Ver tambémReferências
Bibliografia
Ligações externas |