Lonchorhina aurita

Como ler uma infocaixa de taxonomiaLonchorhina aurita[1]

Estado de conservação
Espécie pouco preocupante
Pouco preocupante (IUCN 3.1) [2]
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Mammalia
Ordem: Chiroptera
Família: Phyllostomidae
Gênero: Lonchorhina
Espécie: L. aurita
Nome binomial
Lonchorhina aurita
Tomes, 1863

Lonchorhina aurita é uma espécie de mamífero da família Phyllostomidae. Pode ser encontrada na América Central e na América do Sul, de Oaxaca (México) ao sul até o sudeste do Brasil, Bolívia, Peru e Equador. Também ocorre na ilha de Trinidad e Nova Providência (Bahamas).[2]

Descrição

Suas orelhas são longas com pontas bem pontiagudas. Possui uma grande folha nasal de até 20 mm (0,79 in). Sua pelagem é marrom escura ou preta, enquanto os patágios são pretos. O antebraço tem 47−57 mm (1 848,15 in). A espécie pesa entre 10−22 g (351,96 oz). Possui 34 dentes.[3]

Biologia e ecologia

Trata-se de espécie insetívora, embora exista um registro de um morcego desta espécie consumindo frutas. É noturna, acomodando-se em locais abrigados durante o dia.[3] É prioritariamente relatada em cavernas, porém já foi observada em tubulações de água e outras cavidades naturais.[4] Seus poleiros contêm de 10 a 500 indivíduos em associações chamadas colônias. Os poleiros são compartilhados com morcegos de outras espécies.[3]

Abrangência e habitat

Pode ser encontrada em vários países da América Central e da América do Sul, incluindo: Belize, Bolivia, Brasil, Colômbia, Costa Rica, Ecuador, El Salvador, Guatemala, Guiana, Guiana Francesa, Honduras, México, Nicarágua, Panamá, Peru, Suriname, Trinidad e Tobago e Venezuela. Foi documentada em terras baixas e em altitudes de até 1 500 m (4 900 pé) acima do nível do mar.[2]

Em 2006, o morcego foi redescoberto no Departamento de Santa Cruz, na Bolívia, pelos cientistas Aideé Vargas e Kathrin Barboza Marquez. Antes de sua descoberta, acreditava-se que estava extinta na Bolívia há 72 anos. Desde então, existe um Santuário Ecológico estabelecido na cidade de San Juan de Corralito, localizada na Província de Ángel Sandóval, para proteger a espécie.[5]

Conservação

Em 2015, foi avaliada como "espécie pouco preocupante" pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN). Tal classificação foi conferida pois se trata de espécie com uma ampla gama geográfica e é improvável que esteja registrando um rápido declínio populacional.[2]

Referências

  1. Simmons, N.B. (2005). Wilson, D.E.; Reeder, D.M. (eds.), eds. Mammal Species of the World 3 ed. Baltimore: Johns Hopkins University Press. pp. 312–529. ISBN 978-0-8018-8221-0. OCLC 62265494 
  2. a b c d Sampaio, E.; Lim, B.; Peters, S.; Miller, B.; Cuarón, A.D.; de Grammont, P.C. (2008). Lonchorhina aurita (em inglês). IUCN 2014. Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da IUCN. 2014. Página visitada em 29 de dezembro de 2014..
  3. a b c Medellín, Rodrigo (2014). Ceballos, G., ed. Mammals of Mexico. [S.l.]: JHU Press. pp. 695–697. ISBN 978-1421408439 
  4. Jaire Torres (10 de novembro de 2017). «Lonchorhina aurita». Portal de Zoologia de Pernambuco. Consultado em 13 de julho de 2021 
  5. Oblitas Zamora, Mónica (27 de outubro de 2013). «Kathrin Barboza, una científica "top" en américa latina» (em espanhol). Cochabamba, Bolivia: Los Tiempos. Consultado em 31 de outubro de 2015. Cópia arquivada em 31 de outubro de 2015 
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