Lituanos
HistóriaO território dos bálticos, que incluía a Lituânia atual, foi habitado desde eras pré-históricas por diversas entidades tribais bálticas, como os aukštaitianos, sudovianos, antigos lituanos, curônios, semigálios, selônios, samogitas, escálvios, prussianos (nadrúvios), de acordo com as fontes antigas[carece de fontes]. Ao longo dos séculos, especialmente durante o período do Grão-Ducado da Lituânia, algumas destas tribos formaram a nação lituana, especialmente como forma de se defender das invasões da Ordem Teutônica e dos eslavos orientais[carece de fontes]. Um dos últimos povos pagãos[carece de fontes] da Europa, os lituanos eventualmente se converteram ao cristianismo em 1387. O território habitado pelos lituanos diminuiu ao longo dos séculos; os lituanos já formaram a maior parte da população não só da Lituânia, mas também do noroeste da Bielorrússia, em grandes áreas do território do Oblast de Kaliningrado, na Rússia atual, e em partes das atuais Letônia e Polônia.[16] Existe, no entanto, uma teoria atual[carece de fontes] que afirma que o idioma lituano era considerado como tendo pouco prestígio por determinados setores da sociedade lituana, e uma preferência pelo polonês se desenvolveu em alguns territórios da comunidade lituano-polonesa, bem como uma preferência pelo alemão nos territórios da antiga Prússia Oriental (atual Oblast de Kaliningrado, na Rússia), o que diminuiu o número de falantes do lituano. A subsequente ocupação imperial russa acelerou o processo[carece de fontes], e implementou uma política de "russificação", que incluiu a proibição de discursos públicos e escritos em lituano (ver, por exemplo, Knygnešiai, as ações tomadas contra a Igreja Católica). Acreditava-se[carece de fontes] à época que a nação, juntamente com seu idioma, se extinguiria em algumas gerações. No fim do século XIX, no entanto, um renascimento cultural e linguístico lituano ocorreu[carece de fontes]. Alguns dos indivíduos[carece de fontes] falantes do polonês e do bielorrusso que habitavam as terras do antigo Grão-Ducado da Lituânia expressaram suas afiliações com a nação lituana no início do século seguinte, incluindo Michał Pius Römer, Stanisław Narutowicz, Oscar Milosz e Tadeusz Iwanowski. A Lituânia declarou independência depois da Primeira Guerra Mundial, o que ajudou à sua consolidação nacional[carece de fontes]. Uma língua lituana padrão foi aprovada[carece de fontes]. A parte oriental do país, no entanto, incluindo a região de Vilnius, foi anexada pela Segunda República Polonesa, enquanto a região de Klaipėda foi conquistada pela Alemanha nazista em 1939. No ano seguinte a Lituânia foi ocupada pela União Soviética, e forçada[carece de fontes] a juntar-se a ela na forma da República Socialista Soviética Lituana. Os alemães e seus aliados atacaram a URSS em junho de 1941, e durante os próximos três anos o país sofreria[carece de fontes] com a ocupação alemã. Com o recuo das tropas nazistas em 1944, a Lituânia retornou ao controle soviético; as comunidades lituanas que habitavam o Oblast de Kaliningrado há séculos (a chamada "Lituânia Menor") quase foram destruídas[carece de fontes] durante o processo. A nação lituana persistiu então primordialmente[carece de fontes] na Lituânia e em algumas poucas aldeias no nordeste da Polônia, sul da Letônia, bem como nas comunidades imigrantes que se espalharam pelo mundo. Alguns lituanos ainda vivem na Bielorrússia e no Oblast de Kaliningrado, porém seu número é bem reduzido quando comparado às cifras do passado[carece de fontes]. A Lituânia reconquistou sua independência em 1990, obtendo o reconhecimento da maior parte[carece de fontes] dos países no ano seguinte. Tornou-se um membro da União Europeia em 1 de maio de 2004[carece de fontes]. Composição étnica da LituâniaVer artigo principal: Demografia da Lituânia
Dentre os Estados Bálticos, a Lituânia tem a população mais homogênea[carece de fontes]. De acordo com o censo conduzido em 2001[carece de fontes], 83,45% da população se identificou como sendo etnicamente lituanos, 6,74% como poloneses, 6,31% como russos, 1,23% como bielorrussos e 2,27% como membros de outros grupos étnicos, tais como tártaros, finlandeses, dinamarqueses, judeus, entre outros. Os poloneses estão concentrados na região de Vilnius[carece de fontes], área controlada pela Polônia durante o período entreguerras. Comunidades especialmente grandes de poloneses estão localizadas no município-distrito de Vilnius (61,3% da população) e no município-distrito de Šalčininkai (79,5%)[carece de fontes]. Esta concentração permite que a Ação Eleitoral dos Poloneses da Lituânia, um partido político centrado na minoria étnica polonesa, exerça considerável influência política[carece de fontes]. O partido teve regularmente um ou dois assentos no parlamento da Lituânia na última década, e tem tido um papel cada vez mais ativo[carece de fontes] na política local, controlando diversas câmaras municipais. Os russos, embora sejam quase tão numerosos quanto os poloneses, estão distribuídos de maneira mais esparsa, e não formaram um partido político forte[carece de fontes]. A comunidade mais destacada vive no município-cidade de Visaginas (52%), e a maior parte deles é formada por trabalhadores (e seus descendentes) que vieram da Rússia para trabalhar na Usina Nuclear de Ignalina[carece de fontes]. A Lituânia é célebre pelas medidas que tomou visando limitar a migração[carece de fontes] de trabalhadores russos durante a ocupação soviética (1945—1990). Diversos russos[carece de fontes] também abandonaram o país depois da declaração de independência, em 1990. No passado, a composição étnica da Lituânia variou de maneira dramática[carece de fontes]. A mudança mais significativa[carece de fontes] foi o extermínio da população judaica durante o Holocausto. Antes da Segunda Guerra Mundial cerca de 7,5% da população era judaica.[carece de fontes] Os judeus se concentravam nas regiões urbanas, e tiveram uma influência marcante nas artes e no comércio do país; eram chamados de Litvaks, e tinham uma cultura marcante[carece de fontes]. Cerca de 30% da população de Vilnius, que chegou a ser chamada de "Jerusalém do Norte", era composto por judeus.[carece de fontes] Quase todos[carece de fontes] os judeus foram mortos durante a ocupação do país pela Alemanha nazista, ou emigraram posteriormente para os Estados Unidos e Israel. Atualmente existem apenas cerca de 4.000 judeus vivendo no país.[carece de fontes] Subgrupos culturaisVer artigo principal: Regiões da Lituânia
Além dos diversos grupos religiosos e étnicos que viveram e vivem atualmente na Lituânia, os lituanos costumam dividir a si próprios em cinco grupos diferentes: Žemaičiai, Suvalkiečiai, Aukštaičiai, Dzūkai e Prūsai,[17] dos quais o último está virtualmente extinto. Os moradores das cidades são considerados apenas 'lituanos'[carece de fontes], especialmente os moradores de grandes centros urbanos, como Vilnius ou Kaunas. Estes quatro grupos restantes estão delineados[carece de fontes] de acordo com certas tradições, dialetos e divisões históricas relacionadas às regiões individuais do país. Existem alguns estereótipos[carece de fontes] que são usados em piadas feitas sobre estes subgrupos; por exemplo, os sudóvios supostamente são frugais, enquanto os samogitas são tidos como teimosos. GenéticaDesde o período Neolítico os habitantes nativos do território lituano não foram substituídos por algum outro grupo étnico, portanto existe uma grande probabilidade de que os habitantes da Lituânia atual tenham preservado a composição genética de seus antepassados de maneira relativamente intocada pelos principais movimentos demográficos,[18] embora sem ficar, no entanto, isolados deles.[19] A população lituana parece ser relativamente homogênea, sem apresentar diferentes genéticas aparentes entre seus subgrupos étnicos.[20] Uma análise de 2004[carece de fontes] do DNA mitocondrial de uma população lituana revelou que os lituanos seriam parentes próximos das populações falantes do fino-úgrico e do indo-europeu do Norte da Europa. A análise do haplogrupo SNP do cromossomo Y mostrou que os povos mais aparentados aos lituanos seriam os letões, estonianos e finlandeses.[21] O alelo CCR5-D32, que dá resistência à infecção do vírus HIV, está presente em cerca de 16%[carece de fontes] da população lituana. Sua frequência relativamente alta pode ter surgido como uma resposta a epidemias de varíola ou peste bubônica na região.[22] Os judeus asquenazitas lituanos também interessaram os geneticistas, já que mostram diversas características genéticas exclusivas; a utilidade destas variações vem sendo discutida.[23] Uma variação, que implica hipercolesterolemia familiar, foi datada até o século XIV, período correpondente à chegada dos primeiros migrantes asquenazitas à região, respondendo ao convite feito por Vytautas, o Grande, em 1388.[24] No fim do século XIX, a altura média dos homens era de 163,5 cm e das mulheres de 153,3 cm[carece de fontes]. Ao fim do século XX, as alturas médias eram de 181,3 cm para os homens e 167,5 cm para as mulheres.[25] Os lituanos e os letões são povos ligados por forte parentesco[carece de fontes]; ambos, integrantes das Nações Bálticas (que inclui a Estônia, povoada pelos estonianos, que não falam um idioma indo-europeu), têm tradições culturais e idiomas semelhantes, embora independentes. Dados estatísticosPopulação: 3.445.000 (est. 2004) Grupos étnicos (Dados do Censo 2001): 0–14 anos: 19% (meninos 357.712; meninas 342.796) 15–64 anos: 67% (homens 1.177.732; mulheres 1.259.682) 65 anos ou mais: 14% (homens 163.470; mulheres 319.364) (est. 2000) Línguas: Lituana (oficial), Polonesa, Russa Grau de alfabetização: Definição: população de 15 anos ou mais que sabe ler e escrever
- Homens: 99% - Mulheres: 98% (est. 1989) Referências
|