Lenda da Amorosa
Lenda da Amorosa trata-se de uma lenda do folclore Fluminense, difundida na região da Bacia Hidrográfica do Rio Macabu, em especial no município de Conceição de Macabu, interior do estado do Rio de Janeiro.
-Quem é você ? Perguntou Ipojucam. -Sou o Curupira, defensor da mata e dos animais. Por que você não me matou enquanto eu dormia ? -Por que não costumo matar seres indefesos, só enfrento quem pode me enfrentar. - Você é esperto, garoto, não gosto de caçadores, mas você não caça, você enfrenta os animais dando-lhes oportunidade. Fique com Tupã. E o Curupira sumiu pela floresta montado em seu caititu. Os anos se passaram, Jandira e Ipojucam cresceram belos e fortes. Como era de se esperar, enamoraram-se, tornaram-se noivos, até que os pajés das duas tribos marcaram o casamento para a primeira noite de lua cheia de novembro. Na véspera do casamento, pela manhã, Ipojucam ofereceu uma bela caça a Tupã, como se pedisse as bênçãos pelas núpcias. Anhangá, o maligno deus da morte dos sacurus, que invejava a destreza e a inteligência de Ipojucam, desde que ouvira falar do jovem através do Curupira, surgiu para ele na forma de uma onça branca e o desafiou para uma luta de caça. Com destreza, Ipojucam derrotou a onça, ferindo-a de morte no peito. Irritado, Anhangá ressuscitou o animal, levando Ipojucam a persegui-lo até a cachoeira onde Jandira colhia palha para fazer sua rede nupcial. Quando Anhangá, na forma da onça branca, avistou Jandira, resolveu atacá-la para vingar-se de Ipojucam. Quando percebeu o ataque, Jandira gritou por Ipojucam, que vinha em perseguição à onça, este imediatamente investiu sua lança contra o animal, trespassando-o mortalmente. Imediatamente, Anhangá, humilhado pela derrota que seu animal sofrera, transformou-se numa tromba d’água arrastando Jandira e Ipojucam para as profundezas da cachoeira, que passou a se chamar "Amorosa". Referências
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