A melodia gregoriana do Lauda Sion foi adaptada da sequência do século XI Laetabundi iubilemus, que é atribuída a Adão de São Victor.
O cântico fala da instituição da Eucaristia e expressa claramente a crença da Igreja Católica Romana na transubstanciação e na presença real, ou seja, que o pão e o vinho se tornam de forma verdadeira, permanente, e irreversível o Corpo e o Sangue de Cristo quando consagrados por um sacerdote validamente ordenado durante a Missa. Testemunho de ter sido composto propositadamente para ser usada na Santa Missa, é a sua sexta estrofe: "Dies enim spellis agitur / In qua mensæ prima recolitur / Hujus institutio."[1]
Das muitas sequências em uso na Idade Média, o Lauda Sion é uma de apenas quatro que se mantiveram no Missal Romano publicado em 1570 após o Concílio de Trento (1545-1563): as outras são o Victimae paschali laudes (usada na Páscoa), o Veni Sancte Spiritus (usada no Pentecostes) e o Dies irae (usada nas missas de requiem). Uma quinta sequência, Stabat Mater, viria a ser acrescentada mais tarde, em 1727. Antes do Concílio de Trento, muitas festas tinham sequências próprias.[2] As versões existentes foram unificadas no Missal Romano promulgado em 1570.[3] O Lauda Sion ainda hoje é cantado como um hino eucarístico solene, embora o seu uso como sequência para o dia de Corpus Christi seja opcional na Forma Ordinária do Rito Romano. Antes da reforma de 1970, era cantado no Corpus Christi como uma sequência, entre o gradualOculi omnium e o Evangelho desse dia, antes do Aleluia, ou como intróito no início da Missa.[4]
Tal como acontece com os outros três hinos eucarísticos compostos por Tomás de Aquino, as últimas estrofes do Lauda Sion são frequentemente cantadas por si só; neste caso, tomam a designação de Ecce panis Angelorum.