Su-27SM, Su-30MKI, Su-34, Su-35, MiG-29M, HAL Tejas Mk1 e Mk2, MiG-29K Kh-31A apenas : Su-33 Su-24M[4]
O Kh-31 (em russo: Х-31; OTAN: AS-17 'Krypton[5] é um míssil russo ar-superfície que pode ser carregado em aeronaves como o MiG-29 e Su-27. É capaz de alcançar mach 3.5 e foi o primeiro míssil antinavio supersônico que pode ser lançado de uma aeronave tática.[4]
Possui diversas variantes, como a mais conhecida versão anti-radiação (ARM) mas há também versões antinavio e para target drone. Há boatos que existe uma versão adaptada para "ataques a AWACS", sendo utilizado como míssil ar-ar de longo alcance.[5]
Desenvolvimento
A proliferação de mísseis terra-ar (SAM) fez com o que a SEAD torna-se prioridade para todas as forças aéreas modernas em prevenção de ações ofensivas. Derrubar radares de busca aérea e de controle de disparo tornou-se parte essencial de tal missão. ARMs necessitavam de alcance suficiente para ser lançado de uma plataforma fora de alcance dos SAMs, alta velocidade para reduzir o risco de ser abatido e localizado pelos sistema de detecção de radares; não tendo necessidade de uma ogiva grande.
O primeiro ARM desenvolvido na União Soviética teve iniciação pelo grupo de engenharia Raduga OKB, que era responsável pelos mísseis dos bombardeiros pesados soviéticos. O Kh-22P foi desenvolvido do míssil de seis toneladas Raduga Kh-22 (AS-4 'Kitchen'). A experiência adquirida possibilitou desenvolver o Kh-28 (AS-9 'Kyle'), o qual era carregado por aeronaves táticas como o Su-7B, Su-17 e Su-24; podendo chegar a Mach 3 e alcance de 120 km (60 nmi), maior que o seu contemporâneo AGM-78 Standard. O Kh-28 sucedeu o Kh-58 em 1978, o qual possuía similares velocidades e alcance, mas tinha motores duplos de foguete substituídos por mais seguros de RDTT sólidos.
Com o desenvolvimento de mais sofisticados SAMs como o MIM-104 Patriot e o sistema de combate Aegis da Marinha dos Estados Unidos, houve aumento de pressão sobre os soviéticos para o desenvolvimento de melhores ARMs.[6][7] Zvezda apresentou o problema de um diferente ângulo para a Raduga, já que possuía experiência em desenvolvimento de mísseis ar-ar leves. Contudo, no meio dos anos de 1970, a Raduga tive êxito nos mísseis Kh-25 de custo alcance ar-superfície, incluindo o Kh-25MP (AS-12 'Kegler') para uso anti-radar. A Zvezda começou a trabalhar em um ARM de longo alcance, o que resultou no lançando o primeiro Kh-31 em 1982.[4] Sua entrada em serviço ocorreu em 1988, a primeira aparição publica recorreu em 1991, com o Kh-31P em Dubai e o Kh-31A em Minsk.[4]
Em dezembro de 1997, foi relatado que um pequeno número de Kh-31 foram entregues para a China, mas que a "produção ainda não havia começado".[8] Foi nesse mesmo período que a Rússia havia vendido aeronaves Su-30MKK 'Flanker-G' para a China. Há indícios que as entregas originárias do modelo russo foram designadas de X-31, o que possibilitaria que os testes do modelo KR-1 fossem desenvolvidos sobre licença de produção.[9] A produção de mísseis locais decorreram a partir de julho de 2005.
O desenvolvimento Russo acelerou desde que a Zvezda foi submetida na Tactical Missiles Corporation em 2002, com o anúncio que a versão "D" seria estendida e modelos "M" seriam atualizados.
Design
Em muitos aspectos o Kh-31 pode ser considerado uma versão em miniatura do P-270 Moskit (SS-N-22 'Sunburn') já que foi desenhado pelo mesmo homem.[4] O míssil possui forma convencional, com asas cruciformes e superfícies de controle de titânio.[3] Possui propulsão em dois estágios. No lançamento, o empuxo ocorre pela cauda, com combustível sólido, acelerando-o até a velocidade de Mach 1.8,[4] estágio o qual o propulsor é descartado. Com o descarte, quatro entradas de ar são abertas no ANS/ANF e o foguete torna-se impulsionado pela camada de combustão com querosene ramjet, chegando a velocidade acima de Mach 4.[5]
O localizador L-111E da versão anti-radar possui uma antena exclusiva, com raios de interferometria em sete antenas espirais em uma plataforma móvel.[5] Localizadores entregues a China entre 2001 e 2002 eram 106,5 cm (41,9 in) mais longos, 36 cm (14 in) em diâmetro, e 23 kg (51 lb) em peso/massa.[10]
História operacional
O Kh-31P ARM entrou em serviço na União Soviética em 1988 e o Kh-31A, versão antinavio, em 1989. Diferentemente de seus predecessores, ele possuía compatibilidade com quase todas as aeronaves táticas de matriz russa, do Su-17 ao MiG-31. Alguns Kh-31P/KR-1 foram entregues à China em 1997, contudo aparentemente foram utilizados para testes e trabalho de desenvolvimento sobre sua plataforma. Mais mísseis foram solicitados pelos chineses entre o final de 2002 e início de 2003, sendo estocados mais de 200 KR-1 em seu inventario em 2005.[4] A imprensa chinesa informou que em julho de 2005 os Su-30MKK da 3ª Divisão Aérea foram equipados com tais mísseis.[10] Em 2001, a Índia comprou Kh-31 para seus Su-30MKI, sendo 60 Kh-31A e 90 Kh-31P.[4]
A Marinha dos Estados Unidos comprou mísseis MA-31 target drones, que é uma versão do Kh-31.[3] Houve um pedido no valor de $18.468 milhões de dólares para trinta e quatro MA-31 em 1999,[11] mas tal solicitação foi bloqueada pelos russos.[12] O MA-31 foi disparado de um F-4 Phantom, e funcionou para ser utilizado em um kit de compatibilidade para o F-16.[3]
De acordo com alguns relatórios, o míssil foi usado pela Força Aérea Russa durante a Guerra na Ossétia do Sul em 2008. Em particular, o relatório informa que em 10 de Agosto de 2008, um caça Su-34 com mísseis anti-radar Kh-31P foram disparados em radares de defesa aérea na Georgia perto da cidade de Gori, desabilitando as defesas aéreas georgianas para impossibilitar outras perdas aéreas pelos russos.[13]
Variantes
Kh-31A - Com localizador ativo para uso como míssil antinavio em embarcações com tamanho até de destroyer, tem alcance de 25 km–103 km.[2]
Kh-31P (Type 77P)[4] - Com localizador passivo para uso uso como míssil anti-radiation. Mantém alta altitude ao longo de seu voo, possibilitando alta velocidade e aumento de alcance até 110 km. O localizador tem três módulos intercambiáveis para encobrir diferentes frequências de radar.
Kh-31AD/Kh-31PD ("Kh-31 Mod 2") - aumenta o alcance devido ao aumento da fuselagem de 4,70 m (15 ft 5 in) para 5,3 m (17 ft 5 in).[14] Em 2012, o Kh-31P começou a ser produzido em série, enquanto o Kh-31AD foi em 2013.[15][16]
Kh-31AM/Kh-31PM - Possui atualização substancial na eletrônica e sistemas de propulsão, com testes marcados para 2005-2006. Atualizado para resistir a contramedidas, melhores fusíveis, e sistema de propulsão 31DP, o que aumentou consideravelmente o alcance e pequena diminuição no peso. O Kh-31AM possuía um localizador melhor, o RGS-31, com o Kh-31PM substituindo os L-111, L-112 e L-113 com uma unidade de localizador de banda múltipla, o L-130[17]
MA-31 - com sistema de telemetria e outros instalados pela McDonnell Douglas/Boeing, foi utilizado pela Marinha Americana para target drone. Foi testado entre 1996 e 2007,[18] tendo uma versão atualizada com GPS, a MA-31PG, que foi oferecida para a Marinha para substituir o MQM-8 Vandal. Contudo, foi comprado o GQM-163 Coyote em detrimento deste. Mesmo com equipamento adicional, o MA-31 era capaz de alcançar velocidade de Mach 2.7 e 15G de manobras em seu funcionamento antinavio, e Mach 3.5 em modo ARM a 48 000 pé (15 000 m).[3]
KR-1 - Versão do Kh-31P exportado para a China em 1997.[8] Há indicações que a Zvezda queria vender um pacote inicial de KR-1 para a China antes que ele entrasse em produção no país.[8] Em vez dos três módulos de localização originais, o KR-1 possuía um único K-112E "de exportação" para busca de alvos de bandas D, F e S em micro ondas, o que foi otimizado especificamente para radares de Taiwan.[4]
YJ-91Ying Ji 91 - Míssil chinês baseado no Kh-31P, com velocidade elevada, pequeno aumento no alcance, e maior facilidade em mudança nos localizadores. Eles também estiveram desenvolvimento em uma versão antinavio com localizador próprio, e há busca para desenvolvimento de seu uso em submarinos. O nome YJ-91 está em uso desde 1997, e pode ser o nome chinês de vários mísseis de origem russa.[8] Em 2005, o nome YJ-93 foi aplicado para mísseis de origem chinesa,[10] mas relatórios ocidentais geralmente não distinguem o YJ-91 e o YJ-93.
A versão ativa/passiva ar-ar para uso contra aeronaves lentas de suporte, também conhecida como "matador de AWACS", foi anunciada em 1992 no MAKS (show aéreo) com alcance de 200 km (120 mi).[4] Pode ser menos que os 300–400 quilômetros (190–250 mi) propostos pelos mísseis Vympel R-37 (AA-13 'Arrow') e Novator R-172, mas a derivação do Kh-31 pode ser carregado por uma vasta gama de aeronaves. De qualquer forma, tais informações demonstraram ser apenas propaganda; em 2004 a Tactical Missiles Corporation negou qualquer tipo de trabalho sobre uma versão ar-ar do Kh-31.[19] Em 2005 rumores persistiam sobre a versão ar-ar seria baseada no Kh-31A, a versão antinavio, e o Chinês adaptado do YJ-91, derivado do Kh-31P, para o mesmo propósito.[5]
Operatores
Operadores atuais
Rússia: foram entregues 147 em 2009, 75 em 2010. Possui 222 unidades.[1]
Argélia: Possui 125 unidades.[20] entregues entre 2007 e 2009.[1]
Síria: Possui 87 entregues entre 2008 e 2010[1][21]
↑ abcdeBraucksick, Ken (17 de novembro de 2004), MA-31 Target Vehicle OVERVIEW, NDIA, consultado em 1 de maio de 2016, arquivado do original em 22 de maio de 2011. Sales pitch from Boeing, has useful diagrams of flight profiles etc