Kazimieras BūgaKazimieras Buga (Pažiegė, 6 de novembro de 1879 - 2 de dezembro de 1924) foi um filólogo e linguista Lituano. Foi professor de língua, devotou-se ao estudo da linguística comparativa do Indo-Europeu e da língua lituana BiografiaNasceu em Pažiegė, uma aldeia perto Dusetos, naquela época parte do Império Russo,[1] no seio de uma família de camponeses.[2] Começou seus estudos na escola de sua aldeia, depois continuou em Zarasai.[2] Subseqüentemente, os seus pais o enviaram para São Petersburgo, onde, em 1897 ingressou na Escola de Santa Catarina e, obedecendo a os seus pais, também ingressou na Academia Espiritual de São Petersburgo. Um ano depois, deu-se conta de sua falta de fé, deixou a academia, e por isso perdeu o apoio de seus pais, passando imediatamente a viver de forma independente. Para ganhar dinheiro, Būga deu aulas particulares e trabalhou no observatório meteorológico.[2] Em 1903 conheceu o professor de lingüista Kazimieras Jaunis, que o adotou como o seu secretário científico. Em 1905, com o apoio de sacerdotes lituanos e eruditos russos, inscreveu-se na Universidade de São Petersburgo, onde estudou linguística.[2] Seus professores incluíam estudiosos como Jan Baudouin de Courtenay, F. F. Fortunatov, A. A, Shakhmatov e A. J. Sobolevsky. Depois de se formar, ele foi autorizado a continuar trabalhando em lingüística indo-européia comparada sob a direção de J. Baudouin de Courtenay.[3] O seu primeiro trabalho foi intitulado Aistiškai Studija. Escreveu artigos científicos pelos quais recebeu prêmios. Em 1912, Būga começou a se preparar para uma carreira de professor.[2] Em 1914 ele recebeu uma bolsa e foi enviado ao exterior, em primeira instância para A. Bezzenberger em Königsberg, para aprofundar seus conhecimentos.[3][2] Em 1916 Būga tornou-se professor associado particular na Universidade de São Petersburgo, até 1919. Foi professor na Universidade de Perm e professor na Universidade de Tomsk. Em 1920 Būga voltou para a Lituânia.[2] Em 1922 foi nomeado professor da recém-fundada Universidade de Kaunas, sendo quase o único responsável pelos cursos básicos de lingüística báltica e lingüística indo-européia comparada.[3] Começou a publicar um dicionário da língua lituana.[2] As difíceis condições de vida e o trabalho constante enfraqueceram a sua saúde. Foi levado para Königsberg para receber tratamento médico, onde morreu. Está enterrado em Kaunas.[3] ObraEscreveu para a imprensa a gramática de seu primeiro professor, K. Jaunius, Lietuviu kalbos gramatika (Gramática da língua lituana), publicado 1908-1911, e também a traduziu em russo, que acabou de publicar-se em 1916.[3] Investigou os nomes compostos lituanos e mostrou que eram mais antigos do que pensava-se anteriormente, descobrendo as formas corretas dos nomes dos príncipes de Lituânia.[3] Com base em nomes de lugares e nomes de rios determinou que o território habitado pelos lituanos e outros povos bálticos no século IX chegou ao norte de Ucrânia.[1] Também estudou o momento da recepção de empréstimos eslavos no lituano.[3] Identificou nomes de origem báltica em vários rios da Alemanha Oriental, mais tarde a pesquisa arqueológica confirmou a presença de povoadores bálticos na região por volta de 1500 a. C. [4] Encontrou em cronicas medievais alemães e polonesas numerosos casos em que os prussianos e lituanos são chamados Getes, ou seja, getas ou godos. [5] Produziu a sua mais importante obra no campo da lexicografia com matéria que começou a reunir em 1902, deu-se completamente a este trabalho em 1920, quando o ministro da educação lituano encomendou-lhe para escrever um dicionário, antes da sua morte, foi publicado o primeiro volume do Dicionário da língua lituana (Lietuvių žodynas kalbos).[3] Referências
Ligações externas
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