Karl Wendlinger
Karl Wendlinger (Kufstein, 20 de dezembro de 1968) é um ex-piloto austríaco de Fórmula 1. Wendlinger iniciou a carreira em 1983, no kart. Em 1987, vai para a Fórmula Ford austriaca, onde é campeão. No ano seguinte, entra no Campeonato Alemão de Fórmula 3, onde após obter a décima colocação na primeira temporada, torna-se campeão em 1989, qualificando-o para dirigir um carro esportivo da Mercedes-Benz em 1990. Pilotando o Sauber-Mercedes C11, o quinteto formado por Wendlinger, Michael Schumacher, Heinz-Harald Frentzen, Mauro Baldi e Jean-Louis Schlesser conseguiu a quinta colocação no Campeonato Mundial de Resistência de 1990. Desempenho satisfatório para uma equipe de novatos, uma vez que Schumacher e Frentzen se tornariam pilotos conhecidos da Fórmula 1. Em 1991, continuou a correr com os carros esportivos da Mercedes - em paralelo com um programa de Fórmula 3000 com a equipe do ex-piloto Helmut Marko, não vencendo nenhuma prova na categoria, tendo como melhor classificação o décimo-primeiro lugar em 1991, empatado com os italianos Giuseppe Bugatti e Fabrizio Giovanardi. Até o fim do ano, o chefe da Mercedes, Jochen Neerpasch, colocou dois de seus protegidos na F-1. Enquanto Schumacher foi para a equipe Jordan antes de assinar contrato com a Benetton, Wendlinger foi contratado pela Leyton House para participar das duas últimas corridas daquela temporada (Japão e Austrália). Passagem pela Fórmula 1Leyton House/MarchA estreia de Karl na F-1 aconteceu no GP do Japão, em Suzuka. Ele qualificou-se em vigésimo-segundo lugar, dentre 26 pilotos, mas não foi capaz de melhorar essa posição, pois envolveu-se em uma grande colisão com os carros de J.J. Lehto, Andrea De Cesaris e Emanuele Pirro logo na primeira volta da corrida. Sua segunda corrida também não teve um resultado bom, pois o circuito de Adelaide estava com muita água devido a uma chuva forte, o que ocasionou o cancelamento da corrida após a décima quarta volta. Wendlinger estava na vigésima colocação, duas voltas atrás do líder (e vencedor da corrida) Ayrton Senna. Em 1992, o jovem piloto foi mantido na equipe, que voltaria a usar o nome March, ao lado do francês Paul Belmondo. Seu melhor desempenho na temporada aconteceu no GP do Canadá, em Montreal, quando uma série de acontecimentos possibilitou a quarta colocação para Wendlinger, mesmo estando uma volta atrás do vencedor da corrida, o compatriota Gerhard Berger - resultado que foi muito comemorado levando-se em consideração os graves problemas enfrentados por sua equipe. Esses três pontos fizeram com que Wendlinger terminasse o campeonato na décima-segunda colocação, à frente de Ivan Capelli, Thierry Boutsen, Johnny Herbert e Stefano Modena. Antes do encerramento da temporada, o austríaco foi liberado da March para fazer testes com a Sauber, equipe onde havia competido no início de sua carreira nos protótipos. SauberPara 1993, Wendlinger foi contratado por Peter Sauber, seu ex-patrão dos tempos de Mundial de Protótipos, que estava inaugurando a sua equipe de F-1. Seu companheiro de time seria JJ Lehto, e os carros teriam motores Ilmor. Wendlinger terminou em quarto lugar no GP da Itália daquele ano em Monza, seu melhor resultado no ano. Outros dois pontos conseguidos: sexto no Canadá e na Hungria e quinto lugar em Portugal, deram a Karl novamente a décima segunda colocação no Campeonato com sete pontos e uma colocação à frente de Lehto. Ele também impressionou com o resultado de outras boas qualificações, o que colocou a Sauber entra as oito melhores equipes de Fórmula 1. 1994A temporada de 1994 começou muito bem para Wendlinger, que conseguiu um ponto na primeira corrida da temporada em Interlagos, e posteriormente ficou com a quarta colocação na etapa de San Marino, marcada pela morte de seu compatriota Roland Ratzenberger e do brasileiro Ayrton Senna. Toda a comunidade da Fórmula 1 ficou em estado de choque depois dos incidentes de Ímola, e esse estado de espírito podia ainda ser sentido por ocasião da quarta corrida da temporada, o Grande Prêmio de Mônaco de 1994. Foi então que a carreira de Karl mudou para sempre. O acidente em MônacoDurante as primeiras sessões de treinos, ao se aproximar da famosa Nouvelle Chicane (a "Chicane do Porto"), Wendlinger vinha em volta rápida quando perdeu o controle ao sair do túnel. O Sauber C13 do austríaco bateu forte contra a lateral da pista. Ele sofreu ferimentos na cabeça, em grande parte causados pela lateral baixa da cabine do piloto, comum nos carros de F-1 daquele tempo. Os médicos da FIA chegaram rapidamente ao local, e encontraram Karl inconsciente. Apesar dos sinais vitais terem-se estabilizado, ele ficou em coma por várias semanas. Durante sua recuperação, a Sauber colocou o italiano Andrea de Cesaris, que participou de nove provas pelo time. Já recuperado, Wendlinger pretendia correr ainda no fim daquela fatídica temporada, mas a Sauber optou em substituí-lo pelo ex-companheiro de equipe JJ Lehto. 1995: declínio e final de carreira na F-1Wendlinger recuperou-se dos ferimentos, e a Sauber deu-lhe a chance de continuar pilotando para a equipe em 1995. No entanto, ele não conseguiu repetir os bons resultados obtidos anteriormente ao acidente de Mônaco e foi substituído pelo francês Jean-Christophe Boullion, campeão da Fórmula 3000 naquele ano. O austríaco regressaria nas duas últimas corridas da temporada, pois Boullion não apresentou bom desempenho em comparação ao companheiro de equipe Heinz-Harald Frentzen (três pontos, contra quinze do alemão). Contudo, este retorno acabou não sendo bem-sucedido e os GP's Japão e da Austrália foram os últimos de Karl na Fórmula 1. Outras categoriasAlém da Fórmula 1, do Mundial de Resistência e da F-3000, Wendlinger participou ainda das 24 Horas de Le Mans (terceiro colocado em 1996), do DTM, do Campeonato de FIA GT (venceu a edição de 1999 ao lado de Olivier Beretta), da V8Star Series, da American Le Mans Series, do Campeonato Italiano de Superturismo e da Super Tourenwagen Cup. Karl disputaria ainda o Campeonato de GT1 entre 2010 e 2011, pela equipe Swiss Racing Team. Em 2010, correu com um Nissan GT-R GT1 com o suíço Henri Moser, e no ano seguinte pilotou um Lamborghini Murciélago ao lado do holandês Peter Kox. Fórmula 1[1](legenda)
24 Horas de Le Mans[2]
Referências
Ligações externas
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