Seu pai, Whihelm Dinesen, era um militar, e cometeu suicídio quando Karen tinha apenas dez anos de idade, atormentado por não conseguir resistir à pressão de sofrer de sífilis, enfermidade que naquela época estigmatizava. Sua mãe, Ingeborg Westenholz, ficou sozinha com cinco filhos para criar, e os pôde manter graças à ajuda de familiares. Karen, como suas irmãs, estudou em prestigiadas escolassuíças.
A vida na África
Em 1914, Karen se casou com um primo afastado, o barãosueco Bror von Blixen-Finecke, e foram viver no Quênia, onde iniciaram uma plantação de café. Porém, Bror era um mulherengo e passava longos períodos afastado de casa, em safáris e campanhas militares. Entre 1915 e 1916, Karen contraiu sífilis, provavelmente de Bror, embora alguns estudiosos acreditem que ela tenha herdado a doença de seu pai. Os Blixens se separaram em 1921 e se divorciaram em 1925.
Em Nairobi, Karen Blixen conheceu e se apaixonou por Denys Finch Hatton, um piloto do exércitobritânico e caçador. Viveram juntos de 1926 a 1931. Mantiveram uma relação amorosa intensa, porém cheia de altos e baixos. Engravidou duas vezes, mas perdeu os bebês, provavelmente em consequência da saúde frágil. A relação terminou com a morte de Finch Hatton num acidente de avião, em 1931. Ao mesmo tempo, o fracasso da plantação de café forçou-a a abandonar suas terras e retornar à Dinamarca.
A escritora
Antes do retorno à Dinamarca, Karen escreveu A vingança da verdade, publicado em 1926. Após o retorno, seu primeiro livro foi Sete contos góticos, publicado em 1934 sob o pseudônimo de Isak Dinesen; o terceiro livro, o mais conhecido mundialmente, foi Den afrikanske Farm (A fazenda africana no Brasil ou África Minha em Portugal), publicado em 1937 e baseado no período em que ela viveu no continente africano. O sucesso alcançado com esta obra firmou sua reputação como escritora, tendo sido premiada com o Tagea Brandt Rejselegat em 1939. Em 1985, o livro foi adaptado para o filme, com o nome de Out of Africa, sob a direção de Sydney Pollack e com Meryl Streep, Robert Redford e Klaus Maria Brandauer nos papéis principais.
Durante a segunda guerra mundial, Karen escreveu Contos de inverno, publicado em 1942, e o romanceAs vingadoras angélicas, sob o pseudônimo de Pierre Andrezel, e publicado em 1944. Escreveu também Anedotas do destino (Brasil)/Ironias do destino (Portugal), de 1958, e que inclui o contoA festa de Babette, também transformado em filme em 1987, e Sombras na pradaria, de 1960, entre outros.
Ele também participou de uma turnê nos EUA em 1959, durante o qual ela conheceu Arthur Miller, E. E. Cummings e Pearl Buck que admiravam suas habilidades como escritora. Apesar de ser dinamarquês, Blixen escreveu suas histórias em Inglês e depois as traduziu para o dinamarquês.[3]
Os últimos anos
A partir de 1950, a saúde de Karen Blixen se deteriorou, sendo que em 1955 ela teve um terço do estômago retirado devido a uma úlcera. Impossibilitada de se alimentar normalmente, morreu aos 77 anos de idade nas propriedades da família em sua cidade natal e, aparentemente, de má nutrição, pesando apenas 35 quilos.
Anedotas do destino (Brasil) ou Ironias do destino (Portugal) (1958), inclui: A festa de Babette e outras histórias do destino
Sombras na pradaria (Brasil) ou Sombras no capim (Portugal) (1960);
História imortal (1985);
Ehrengarda, a ninfa do lago (1988);
Novos contos de Inverno (1989);
As cariátides (1989)
A festa de babette (1955)
Referências
↑«Karen Blixen». Porto Editora – Artigos de apoio Infopédia. Consultado em 29 de outubro de 2021. Escritora dinamarquesa, nasceu a 17 de abril de 1885, na propriedade de Rungstedlund, a norte de Copenhaga, e aí morreu a 7 de setembro de 1962.
↑Bo Hakon Jørgensen e Marianne Juhl. «Karen Blixen» (em dinamarquês). Den Store Danske Encyklopædi – Grande Enciclopédia Dinamarquesa. Consultado em 29 de outubro de 2021. Karen Blixen var en dansk forfatter. !CS1 manut: Usa parâmetro autores (link)