Justo Baldino
Justo Baldino, O.P. (em italiano: Giusto Baldini, Pádua, provavelmente - Almada, 1493) foi um diplomata e prelado veneziano da Igreja Católica, o primeiro núncio apostólico em Portugal e bispo de Ceuta. BiografiaDuma família oriunda de Pádua, na República de Veneza,[1] não se sabe quando nasceu. Sabe-se que era subdiácono em Pádua e depois foi cônego da igreja de Santa Maria de Agacomitis, na diocese de Utreque.[2] Era doutor em direito canônico e civil[3] e que estava em Portugal em 1473, a serviço de Carlos, Duque da Borgonha.[1] Foi contratado pelo rei Dom Afonso V de Portugal para redigir em latim uma crônica contando as conquistas portuguesas da época.[3][4] Baldino teria permanecido durante três anos com Dom Afonso V, inclusive na sua viagem à França (realizada entre finais de agosto de 1476 e finais de setembro de 1477) marcando o fim deste período em Portugal.[5] Documentos milaneses e alguns memorialistas romanos o mencionam explicitamente como um "orador" a serviço de Maria da Borgonha e Maximiliano, em 1478 e em 1481.[6] Foi nomeado como bispo de Ceuta e primaz de África e administrador da Comarca Eclesiástica de Valença do Minho em 15 de março de 1479, pela bula Dum ad universas do Papa Sisto IV.[2][7][8] Em 12 de fevereiro de 1481, foi nomeado como núncio apostólico em Portugal.[7] Foi um dos responsáveis pelo batismo de João Bemoí.[9] Participou no consistório convocado pelo Papa Inocêncio VIII para tratar da canonização de Leopoldo III da Áustria, em 6 de janeiro de 1485 e governou interinamente a diocese do Porto, em 1487, na ausência de Dom João de Azevedo.[2] Morreu em Almada, vitimado pela peste em 1493.[2][3][4][7] Referências
Bibliografia
Ligações externas
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