Judith Rich Harris
Judith Rich Harris (10 de fevereiro de 1938 - 29 de dezembro de 2018) foi uma psicóloga americana.[1] Formou-se em Psicologia pela Brandeis University, em 1959, e concluiu o Mestrado na Universidade Harvard, em 1961. Escreveu diversos livros acadêmicos sobre desenvolvimento infantil até criar uma nova teoria que contradiz suas crenças anteriores e aponta um novo caminho para os estudos do desenvolvimento infantil. Depois de muitos anos presa a uma cama, vítima de doença crônica e sem estar mais vinculada a qualquer universidade ou instituição, despertou atenção em 1995, ao publicar um artigo, na Psychological Review, uma das mais conceituadas revistas acadêmicas de psicologia. Nesse artigo, apresentava sua original teoria. O artigo recebeu o prêmio da American Psychology Association.[2] Livros publicados
Seu primeiro livro, o mais famoso, causou grande agitação no mídia e no meio acadêmico. Nele, Harris desenvolve sua teoria revolucionária. Foi saudado nos Estados Unidos como o "fenômeno editorial da temporada". Discutido nos jornais e programas de televisão mais importantes do país, ganhou matéria de capa na Newsweek e em The New Yorker. "Um livro para marcar definitivamente a história da psicologia". Também recebeu aval acadêmico. O psicólogo e linguista Steven Pinker, do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, por exemplo, qualificou a obra como "erudita, revolucionária, perspicaz e maravilhosamente clara e espirituosa". Judith Harris contesta um dos mitos mais arraigados em nossa cultura: a hipótese da criação, segundo a qual, junto à herança genética, os pais legam aos filhos uma determinada educação que definirá as dificuldades emocionais do adulto. Por que, então, gêmeos criados juntos não se parecem mais do que os que são criados separadamente? Por que os filhos de imigrantes acabam falando perfeitamente e sem sotaque a língua dos seus colegas e não a dos pais? Com exemplos do folclore e da literatura, além de extenso conhecimento acadêmico, a autora mostra que as relações familiares variam de uma cultura para outra. Já um aspecto da infância que é universal - e Harris analisa o relacionamento de crianças das mais diversas culturas, inclusive as de uma tribo indígena brasileira - é o grupo de amigos. Com seu livro desmistificador, Judith Harris tranquiliza os pais quanto a seu real papel na formação dos filhos. Pois como milhares deles já podiam intuir por sua própria experiência, apesar de toda a pressão cultural na direção contrária, pais dedicados e atentos não garantem filhos felizes e seguros.[2]
Sobre o livro, diz a autora:
Em Não Há Dois Iguais (editora Globo) Judith sistematizou um estudo sobre como se forma a personalidade com base no evolucionismo de Darwin. Para ela, a criança molda sua essência no contexto para sobreviver melhor socialmente.[3] Segundo a autora a personalidade é definida por três sistemas distintos:
Referências
Ligações externas
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