Joseph Manton (armeiro)
Joseph Manton (Grantham, 6 de abril de 1766 — Londres, 29 de junho de 1835), foi um armeiro britânico que inovou o tiro esportivo, melhorou a qualidade das armas e abriu o caminho para o moderno projétil de artilharia. Manton era um atirador esportivo auto didata e amigo do Coronel Peter Hawker.[1] ArmeiroDe 1780 a 1781, Manton' foi o primeiro aprendiz de um fabricante de armas em Grantham. Ele trabalhou com seu irmão mais velho, John, de 1781 em diante.[2] Ele produzia cerca de 100 armas anualmente, incluindo pistolas de duelo e espingardas.[3] Tubo de percussãoNo início do século XIX (cerca de 1814), Manton' inventou a "tube lock" "tubo de percussão" (ou "pílula"), um aprimoramento da "scent bottle lock" "percussão de frasco de perfume" de Alexander Forsyth.[4] Em vez de armazenar uma reserva de fulminante em um recipiente, ele agora usava pequenos tubos de latão (ou "pastilhas" ou "pílulas") descartáveis. A "cabeça" do cão da arma foi afiada; quando ele atingia o tubo, este era esmagado, fazendo com que o fulminante detonasse.
Embora mais confiável do que o projeto de Forsyth e adotado por muitos desportistas durante o período da Regência (e uma variante para o exército austríaco),[5] foi rapidamente ofuscado pela espoleta de percussão (inventada em 1822), que foi adotada pelos exércitos da Grã-Bretanha, França, Rússia, e a América para substituir a pederneira.[6] ArtilhariaA maior parte da carreira de Manton transcorreu em controvérsias com o Exército britânico. Manton conseguiu despertar o interesse do Exército na compra de uma versão maior de seu design "wooden cup" ("copo de madeira") para ser usado na artilharia estriada.[7] Manton trabalhou incansavelmente para melhorar a precisão do tiro do canhão. Ele criou um novo tipo de munição. Primeiro, a munição era carregada em um canhão de cano estriado; em segundo lugar, a bala de canhão era fixada ao "copo de madeira" que se encaixava nas ranhuras estriadas do canhão, que por sua vez era conectada a um saco de pólvora, eliminando assim a necessidade de a pólvora e a bala serem carregadas separadamente.[7] A ideia de fixar a pólovora por trás da bala em um cartucho descartável é a base para o design moderno das munições. Isso ajudou a pavimentar o caminho para aintrodução do sistema de carregamento de armas pela culatra (retrocarga).[7] Venda perdidaO exército forneceu a Manton um canhão e financiamento, e em troca esperava uma arma muito melhorada. O projeto de Manton era superior, embora uma discussão sobre o montante e a forma do pagamento fizesse o exército declarar que era de pouco benefício; Manton acreditava que o acordo envolvia uma soma global de £ 30.000. O exército argumentou que, como já havia investido dinheiro (custos irrecuperáveis) em pesquisa e desenvolvimento, eles não queriam pagar uma quantia tão alta por um projeto que não havia sido testado em campo.[7] Manton patenteou seu projeto, forçando o Exército a negociar. O exército ofereceu-lhe uma comissão para cada projétil produzido, mas Manton recusou a oferta. Surpreendentemente para Manton, o exército manteve sua posição. Manton estava com medo de ter gasto tempo e dinheiro (incluindo parte dele) desenvolvendo uma arma que o exército não usaria. O Exército rejeitou sua oferta, segundo a qual o Exército poderia fazer os projéteis sem pagar royalties, enquanto Manton faria os copos de madeira.[7] Depois de mais de uma década de batalhas judiciais sem sucesso, Manton perdeu sua vasta fortuna e foi declarado falido em 1826.[7] Sua oficina na Oxford Street foi confiscada e seu estoque de armas comprado por Joseph Lang, um aspirante a comerciante de armas cuja empresa acabaria se tornando parte da "Atkin , Grant e Lang".[8] Lang é creditado com a abertura de uma das primeiras escolas de tiro nas dependências do Theatre Royal Haymarket. LegadoAs armas de Manton continuam sendo alguns dos designs mais procurados da era da pederneira e podem render mais em leilão do que as espingardas da Holland & Holland. Sua equipe de trabalho incluía James Purdey (que fundou a Purdey's), Thomas Boss, William Greener, Charles Lancaster e William Moore. Esses cinco, criaram grandes empresas de armas.[9] Ver tambémReferências
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