Jornalismo germânico no BrasilO jornalismo germânico no Brasil é decorrente da imigração alemã em território brasileiro iniciado no século XIX, quando estes imigrantes buscam notícias da terra natal, além de procurarem periódicos que contenham a sua língua materna. HistóriaO primeiro jornal em língua alemã criado no Brasil foi o Der Kolonist de Porto Alegre, fundado em 10 de agosto de 1852 por José Cândido Gomes, que era redator-chefe do O Mercantil. O Der Kolonist foi um jornal de curta duração.[1] O jornal seguinte, Der Deutsche Einwanderer, surgiu no Rio de Janeiro, com subvenção imperial, mas foi transferido, depois de um ano, para Porto Alegre, sendo editado de dezembro de 1853 a 10 de julho de 1861, e era de propriedade de Theobaldo Jaeger, tendo Carl Jansen como redator até 1855.[1] Em 1860, em Porto Alegre, Alfons Mabilde publicou o jornal bilingue alemão-português Der Deutsche Kolonist. No total dez jornais germânicos foram publicados no Rio Grande do Sul até a Proclamação da República.[1] O primeiro jornal germânico de importância e prestígio no Brasil, foi fundado em Joinville, em 1862, por Ottokar Dörffel, o Kolonie Zeitung,[2] que circulou até 1939, com uma breve interrupção em 1917. No Rio de Janeiro o primeiro jornal foi lançado em 16 de abril de 1853: Der Deutsche Beobachter, editado por B. Goldschmidt e G.F. Busch. Em 1858 foi lançado o semanário Brasília em Petrópolis, tendo durado aproximadamente um ano. Na mesma cidade, já em 17 de janeiro de 1864 foi lançado o Germania editado por Peter Müller - foi o jornal teuto-brasileiro mais importante da época, com circulação ampla, mas apesar disso sobreviveu somente por alguns anos. O Allgemeine Deutsche Zeitung für Brasilien, editado no Rio de Janeiro, circulou de 1875 a 1889. Apesar do começo difícil, outros jornais foram criados nas diversas colônias, alguns persistindo por décadas. A partir de 1880, com as colônias germânicas mais antigas emancipadas em municípios autônomos, os interesses ecônomicos e políticos da elites teuto-brasileiras se ampliaram e transformaram os jornais em porta-voz de seus interesses políticos e da etnicidade.[2] Em 1917 existiam os seguintes jornais no Brasil:[3]
Estes jornais tiveram que interromper suas atividades momentaneamente, devido à entrada do Brasil na Primeira Guerra Mundial, a maioria retomou a circulação em 1919, com exceção do Deutsche Zeitung, Nachrichten, Brusquer Zeitung e o Der Beobachter.[2] O último jornal em alemão que circulou no Rio, iniciou sua atividades em 1921 com o nome de Deutsche Rio Zeitung e encerrou na campanha de nacionalização do Estado Novo, assim como a maior parte dos outros jornais. Guerras mundiaisTanto durante a Primeira, quanto na Segunda Guerra Mundial (na campanha de nacionalização), assim que o Brasil declarou guerra à Alemanha houve forte pressão contra os jornais em alemão, mesmo os situados em colônias. Em vista disto muitos mudaram de nome, enquanto outros simplesmente fecharam. Ver tambémReferências
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