João Paulo Pires de Vasconcelos
João Paulo Pires de Vasconcelos (Belo Horizonte, 8 de março de 1932 — 23 de agosto de 2024) foi um político brasileiro.[1] Exerceu o mandato de deputado federal constituinte em 1988.[2] Com a profissão de topógrafo, Vasconcelos tem o nível secundário de escolaridade.[3] Cumpriu mandato na Câmara dos Deputados como Deputado Federal Constituinte de 1987 a 1991 em Minas Gerais. Sua posse aconteceu no dia 1 de fevereiro de 1987. Como Deputado Federal, atuou de 1991 a 1995.[3] Sua posse ocorreu no dia 1 de fevereiro de 1991.[3] Ao longo de sua vida, esteve à frente de diversas lideranças sindicais. Foi presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de João Monlevade (1972-1978) e participou do processo de revolução do "sindicalismo pelego", encabeçado por lideranças combativas como Luiz Inácio Lula da Silva, na época presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo.[4] Vasconcelos também foi presidente regional e Membro da Direção Nacional da Central Única dos Trabalhadores (CUT) nos anos de 1983 a 1985.[5] Filiado ao PT,[3] Vasconcelos foi vice-líder do partido na Câmara dos Deputados entre 1989 e 1990.[3] BiografiaJoão Paulo mudou-se para João Monlevade em 1960,[6] mesmo ano em que entrou na Companhia Siderúrgica Belgo-Mineira, agora Arcelor Mittal.[6] Uma década depois, ele foi eleito presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de João Monlevade.[6] O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva estava presente em sua posse.[7] Vasconcelos foi presidente do candidato por dois mandatos,[6] de 1972 a 1978.[6] Ele se tornou um dos principais representantes do Novo Sindicalismo[6] - um novo tipo de modelo no sindicato, que foi marcado pela insatisfação com a estrutura antiga do sindicato, que era atrelada ao Estado e ao poder das grandes empresas.[6] Em 1978,[6] ele comandou uma das primeiras greves brasileiras durante a vigência do Ato Institucional nº 5 (AI-5),[6] decretado 10 anos antes pelo General Costa e Silva.[6] O ato institucional representou um dos momentos mais duros da Ditadura Militar, permitindo aos governantes que punissem quem era considerado inimigo do regime.[6] Na mesma época, o ex-presidente Lula comandava uma greve no ABC paulista.[6] Quando presidente do sindicato, Vasconcelos esteve à frente de mobilizações[6] que garantiram maiores salários para os metalúrgicos da cidade de João Monlevade. Eles chegaram a ter os salários mais altos no setor da metalurgia no país.[6] Na década de 80, ele foi um dos criadores da Articulação Nacional dos Movimentos Populares e Sindicais (Anampos),[6] ao lado de nomes como Frei Betto,[6] frade dominicano que foi preso durante a Ditadura Militar e autor da grande obra Batismo de Sangue, livro agraciado com o Prêmio Jabuti e reconhecido em outras premiações importantes.[8] João Paulo Pires de Vasconcelos foi o primeiro presidente da Central Única dos Trabalhadores de Minas Gerais.[6] Em 1986 foi eleito deputado federal.[6] Um dos maiores feitos de sua vida como parlamentar foi fazer parte da Assembleia Nacional Constituinte que elaborou a Constituição Federal do Brasil, de 1988.[6] Atualmente João Paulo de Vasconcelos vivia em Belo Horizonte,[6] onde trabalhava como assessor da Federação dos Trabalhadores nas Indústrias Extrativas de Minas Gerais.[6] Atividade ParlamentarComo parlamentar, João Paulo Pires de Vasconcelos atuou como titular em 1987 na Assembleia Nacional Constituinte na subcomissão dos Direitos Políticos, dos Direitos Coletivos e Garantias, da Comissão da Soberania e dos Direitos e Garantias do Homem e da Mulher.[3] Em 1987,[3] ele atuou como suplente na subcomissão do Poder Executivo, da Comissão da Organização dos Poderes e Sistema de Governo.[3] Entre 1989-1990, Vasconcelos atuou como suplente na Comissão Mista de Orçamento.[3] Em 1990, se tornou titular da comissão.[3] Na mesma época, ele trabalhou na CPI: Mista sobre a Crise Financeira e Irregularidades Administrativas na Petrobrás como titular.[3] Já em 1992, trabalhou como suplente na Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização.[3] Na Câmara dos Deputados, ele atuou como quarto-suplente de Secretário em 1992.[3] Nas comissões permanentes, Vasconcelos atuou na Comissão de Agricultura e Política Rural como titular de 1989 a 1990.[3] Na Comissão de Saúde, Previdência e Assistência Social, foi titular nos mesmos anos.[3] Na Comissão de Trabalho, atuou como Suplente na mesma época.[3] Vasconcelos foi titular na Comissão de Viação, Transportes, Desenvolvimento Urbano e Interior em 1990.[3] Na Comissão de Economia, Indústria e Comércio, ele atuou como suplente no mesmo ano.[3] Na Comissão de Agricultura e Política Rural, ele ocupou a posição de suplente em 1991 e 1992.[3] Atuou como titular na Comissão de Seguridade Social e Família, entre 1991 e 1994.[3] Em 1992, ele foi suplente na Comissão de Constituição e Justiça e de Redação.[3] O parlamentar foi titular na Comissão Especial PL nº3 981/93 em 1993.[3] Na Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público, ele foi suplente de 1993 a 1994.[3] Atividades Sindicais, Representativas de Classe e AssociativasJoão Paulo Pires de Vasconcelos foi diretor da Federação dos Metalúrgicos de Minas Gerais entre 1974 e 1977.[3] Em 1972, foi eleito presidente da Federação[3] até 1978. Em 1983, passou a ser secretário da federação mineira.[3] De 1983, Vasconcelos também passou a ser titular na Direção Nacional da CUT e do Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de João Monlevade.[3] Estudos e Cursos DiversosFez curso de Negociação Coletiva Avançada a convite da AFL-Cio, Front Royal, nos Estados Unidos em 1976.[3] Referências
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