João Moojen
João Moojen de Oliveira (Leopoldina, 1 de dezembro de 1904 — Rio de Janeiro, 31 de março de 1985), ou João Moojen, como preferia ser chamado, foi um grande pesquisador dedicado a sistemática de mamíferos brasileiros, especialmente roedores e primatas, se dedicou também às aves. Moojen dispensava o título de "Professor Doutor" e o sobrenome "de Oliveira". Coletou extensivamente entre as décadas de 30 e 50, trabalhou no Museu Nacional de 1939 a 1969, quando se aposentou, retornando posteriormente como Professor Visitante. De 1945 a 1948 esteve no Kansas e lá obteve o seu PhD sob orientação do renomado mastozoólogo Eugene Raymond Hall. Sua tese de doutorado teve como título "Speciation in the Brazilian spiny rats Genus Proechimys, family Echimyidae". Em 1952, escreveu “Os Roedores do Brasil”, um livro clássico sobre os roedores nacionais. BiografiaDescendente de ingleses e neerlandeses,[1] Moojen, além de pesquisador, atuou significativamente como professor e assessor técnico, seguem alguns dos cargos ocupados ao longo de sua vida: chefe de departamento de Biologia da Escola Superior de Agricultura e Veterinária do Estado de Minas Gerais, em Viçosa, atual Universidade Federal de Viçosa; Professor-Chefe de História Natural do Colégio Universitário da Universidade do Brasil; Naturalista da Divisão de Zoologia de Vertebrados e Invertebrados do Museu Nacional, inclusive chefiou esta divisão em dois momentos e coletou grande parte dos mamíferos depositados nesta coleção e na Universidade do Estado do Rio de Janeiro; Professor Catedrático, em comissão, da cadeira de Biologia Geral e Zoologia da Faculdade de Ciências da Universidade do Distrito Federal do Rio de Janeiro. Foi membro do Conselho Nacional de Caça e Pesca; membro da Missão Abbink; zoólogo do Conselho Nacional de Caça; zoólogo da fundação Rockfeller; membro da Society of the Sigma XI for the Promotion of Research in Science, da American Society of Mammalogists, do Cooper Ornithological Club e da Phi Sigma Biological Society; encarregado pelo Governo Federal de organizar o Zoobotânico de Brasília, tendo sido também Diretor do Departamento de Proteção à Natureza de Brasília; Chefe do Serviço de Roedores na Fundação Estadual de Engenharia do Meio Ambiente. João Moojen é responsável por grande número de espécimes atualmente depositados no Museu Nacional e no Museu de Zoologia João Moojen, que leva seu nome. Além de coletar roedores, Moojen, que se graduou em farmácia pela Faculdade de Farmácia da atual Universidade Federal do Rio de Janeiro, também desenvolveu rações para cães e aves, se interessava por caça e foi responsável por trazer a raça de cachorros Weimaraner para o Brasil.[2][3] Gênero e espécies de roedores descritas por Moojen[4]Gênero:
Espécies e sub-espécies:
Prêmio João MoojenDesde 2024, a Sociedade Brasileira de Mastozoologia financia o “Prêmio João Moojen para as melhores teses e/ou dissertações durante os Congressos Brasileiros de Mastozoologia". [6] Na descrição do prêmio, no entanto, não há menção de seu período como professor e naturalista na Escola Superior de Agricuultura de Minas Gerais, atual Universidade Federal de Viçosa. Referências
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