Originário de uma família muito nobre de Portugal, seus descendentes foram uma das origens da nobreza da terra no Brasil, principalmente no Nordeste. Durante o período colonial, suas linhagens se dividiam entre senhores de engenho, cardeais, administradores coloniais e militares. Durante o período imperial, essas linhagens foram ocupadas por aristocratas, latifundiários, médicos e políticos. Atualmente, no período republicano, seus descendentes ainda ocupam vários cargos políticos, literários, artísticos, entre outros.[2]
Em Pernambuco, participou de conflitos contra os indígenas Tabajaras, nativos daquelas terras, mas acabou levando uma flechada e perdeu um dos olhos. Após esse incidente, ficou conhecido pelo apeldido de "o Torto". Em outro momento, foi ferido, preso e condenado à morte, sendo supostamente salvo pela intervenção de Muira Ubi, filha do cacique de Uirá Ubi (Arco Verde), da tribo Tabira (ou Tindarena), que se apaixonou por ele e o quis como marido. O matrimônio selou a paz entre os tabajaras e os colonizadores portugueses. Batizada, posteriormente, a indígena Muira Ubi recebeu o nome de "Maria do Espírito Santo Arco Verde", em homenagem à festa de Pentecostes que se celebrava no dia do batismo.
Em 1562, em obediência a uma carta-intimação de D. Catarina de Áustria, rainha-regente de Portugal, casou-se com Felipa de Mello, filha de D. Cristóvão de Mello. Segundo a Rainha, sendo ele o sobrinho de D. Afonso de Albuquerque e descendente de reis, não deveria seguir a "lei de Moisés", isto é, manter "trezentas concubinas".
Em 1576, em posto de tenente, foi nomeado como 10° governador de Pernambuco, por oito meses. Sendo novamente nomeado em 1579 por quinze meses. Em suas terras, nas proximidades de Olinda, fundou um dos primeiros engenhos de açúcar de Pernambuco (depois de Pero Capico), o engenho Nossa Senhora da Ajuda, posteriormente denominado de Forno da Cal.
Família
Sua primeira união foi a indígena Muira Ibi, filha do cacique tabajara Uirá Ibi. Desse casamento nasceram oito filhos:[4]
Catarina de Albuquerque (1532-1614). Se casou com o fidalgo florentinoFilipe Cavalcanti. Os descendentes desse casal, são uma das maiores linhagens.
Manuel de Albuquerque. Se casou com Maria de Mello.
Antônio de Albuquerque. Se casou com Jerônima Rosa de Vasconcelos.
Ana de Albuquerque. Se casou com Jerônimo de Vasconcelos.
Joanna de Albuquerque. Se casou com o português Álvaro Fragoso.
Brites de Albuquerque. Se casou com o comerciante bávaroSebald Linz ou "Cibaldo Lins".
Antônia de Albuquerque. Se casou com Gonçalo Mendes Leitão.
Após o falecimento da primeira esposa, se casa novamente em 1562, por ordem da rainha-regente de Portugal. Sua segunda esposa foi Filipa de Melo, filha de Cristóvão de Mello e Joanna Silva. Desse segundo casamento nasceram onze filhos:[5]
João de Albuquerque. Se casou com Felipa de Sá.
Cristóvão de Albuquerque. Se casou com Inês Falcão de Souza.
Isabel de Albuquerque. Se casou com D. Felipe de Moura.
Afonso de Albuquerque. Se casou com Isabel Pires.
Maria de Albuquerque. Se casou com Antônio de Sá.
Duarte de Albuquerque. Se casou com Helena de Azevedo Coutinho.
Felipa de Albuquerque. Se casou com Diogo Martins Pessoa.
Cosme de Albuquerque.
Jerônimo de Albuquerque.
Luiza de Albuquerque. Faleceu logo após o nascimento.
Ainda houve um outro filho do casal que faleceu logo após o nascimento.
Além dos dois casamentos, Jerônimo de Albuquerque ainda legitimou cinco filhos que teve com indígenas e brancas em Pernambuco. Totalizando 25 filhos legítimos e legitimados, o que também lhe rendeu o apelido de "o Adão Pernambucano" entre os historiadores brasileiros.