Foi o primeiro teórico da arte bruta e autor de vigorosas críticas da cultura dominante, particularmente em seu ensaio Asfixiante cultura (Asphyxiante culture).
Biografia
Dubuffet, oriundo de uma família de produtores de vinho, começou muito novo a demonstrar a sua queda para a arte. Sabe-se que aos oito anos de idade já pintava. Aos quinze anos de idade foi inscrito na Escola da Belas Artes de sua cidade natal, ao mesmo tempo em que cursava o liceu local.
Em 1918, aos dezessete anos, vai para Paris, inscrevendo-se na célebre Academia Julian, a qual só frequentou durante cerca de seis meses, por achar que não lhe ensinavam o que queria aprender.
Cumpre o serviço militar até 1924, altura em que se deslocou para Buenos Aires, onde trabalhou numa empresa de calafetação durante seis meses.
Em 1927, casa-se com Paulette Bret. Do casamento, nasce uma filha, Isalmina, em 1929.
De regresso a Le Havre, resolve dedicar-se ao negócio familiar de produção de vinhos. Em 1930 funda uma empresa de comercialização de vinhos a granel, em Paris.
Em 1933 resolve dedicar-se em exclusividade à sua arte, tendo para o efeito alugado um atelier em Paris.
Em 1934, separa-se de Paulette Bret e, na companhia de Emile Carlu, que mais tarde virá a ser a sua esposa, viaja por alguns países da Europa.
Em 1937, volta a tomar conta de seus negócios em Bercy, pois o mesmo estava a poucos passos da falência.
Dubuffet, em 1942, consegue entregar a gestão da sua empresa a um procurador, ficando ele com disponibilidade para se dedicar novamente à pintura, conseguindo alugar um atelier, perto de sua casa em Paris.
André Malraux foi um dos apreciadores da sua obra tendo comprado uma obra sua aquando da sua primeira exposição na Galeria René Drouin de Paris.
Dubuffet denominou seu estilo de art brut ("arte bruta"). Desde então, a expressão é utilizada para se fazer referência à arte de Dubuffet marcada por essa originalidade . Assim como muitos artistas contemporâneos anteriores, ele procurava inspiração em fontes alheias à tradição ocidental. Rejeitava a idéia de que a arte devesse ser esteticamente agradável ou, apenas, ilustrar a realidade visual. Seu estilo de desenho, deliberadamente seco, enfatizava um processo de criação lento e difícil. Desse modo, rejeitava a facilidade e a impulsividade dos pintores abstratos em favor de uma arte mais primitiva, crua e bruta.[1]