Jardim da Penha
Jardim da Penha é um bairro localizado na zona norte da cidade de Vitória, capital do estado de Espírito Santo, Brasil.[1] HistóriaA região compreendida ente a Avenida Adalberto Simão Nader até o Canal de Camburi, abrangendo a região onde hoje é a UFES, era uma fazenda conhecida como Sítio Queiroz ou Fazenda Mata da Praia. A propriedade pertencia ao capitão Justiniano Azambuja Meyrelles, escriturada em 1891. Até a década de 1950 a Praia de Camburi só era acessada através da antiga estrada que ligava Vitória à Serra, hoje conhecida como Avenida Fernando Ferrari. Era, na verdade, a continuidade da ponte da passagem, que já existia desde a década de 20. O acesso à praia também era possível através de barco. Os pescadores e velejadores do Iate Clube chegavam à praia através do mar, outros se aventuravam pela mata. Havia ainda aqueles que buscavam a região para colher cajus e pitangas. O caju misturado à cachaça deu origem a uma bebida que ficou conhecida nacionalmente – o “caju-amigo”. O nome Jardim da Penha surgiu porque a região era uma área plana, toda verde, contendo vegetação de restinga e de Mata Atlântica. O local era um jardim formado de bromélias, cajueiros, goiabeiras, palmeirinhas e orquídeas. De toda parte podia-se avistar o Convento da Penha, ampliando a visão para além do mar. No ano de 1928, Ostilho Ximenes inicia um loteamento para veraneio. Como a região era pouco atrativa, Ostilho cria um jornal para divulgar seu próprio negócio. Ironicamente, o loteamento não teve êxito, mas o jornal, vendido a Thiers Velloso seria a semente do jornal A Gazeta. A ideia do loteamento e urbanização da área ressurgiu na década de 1950. A Empresa Capixaba de Engenharia e Comércio idealizou a área inspirada no traçado da cidade de Belo Horizonte, considerada, até então, modelo de modernidade. O projeto foi aprovado pela prefeitura dois anos depois. A região da Adalberto Simão Nader até o Canal de Camburi foi desenhada em largas avenidas diagonais, formando 13 quadras. Cada quadra era dividida em lotes de aproximadamente 400m². Os primeiros lotes vendidos foram os da região que hoje abriga o bairro Jardim da Penha. A alteração do traçado original, em algumas localidades, deu-se por causa das invasões que ocorreram na divisa com o canal e também a uma nova proposta da empresa Sena Engenharia que planejou outro traçado para o projeto Mata da Praia. O interesse pelos primeiros lotes de Jardim da Penha não teve origem residencial, mas foram adquiridos primeiramente por armazéns como o Instituto Brasileiro do Café (IBC) e outros. Somente em meados da década de 60 é que o bairro conta com 106 casas que, no entanto, não tinham acesso à iluminação pública, comércio ou transporte. O pão era comprado em Goiabeiras, os ônibus só passavam pela Fernando Ferrari, o caminho para a praia era por uma trilha onde é hoje a Rua Eugenílio Ramos. Para agravar a situação, para além dos perigos naturais, a região era usada para desova de cadáveres. Como a região alternava entre poeira e lama, a população que, obrigatoriamente andava em grupos, saia de chinelos com os sapatos nas mãos, calçando-os dentro do ônibus. Todas as dificuldades e as necessidades que os moviam a conviver em grupo avançaram para as tentativas de organizações comunitárias. O isolamento a que eram submetidos, motivou a criação de um clube para a reunião de famílias e realização de eventos e atividades sociais. O terreno do clube foi adquirido através da renda dos churrascos realizados numa choupana de palha e das serestas das sextas-feiras que incluía até o forró em seu repertório. Por fim, os 106 moradores tornam-se sócios-proprietários do clube. Ocupação da zona norte de VitóriaApós a ocupação do Centro, a população direciona-se para o norte da cidade, ocupando primeiramente a Praia do Canto e avançando para a região continental. Posteriormente, na metade da década de 70, surgiram pequenos conjuntos habitacionais de apartamentos destinados à classe média baixa. Com a melhoria da infra-estrutura do bairro, a proximidade do mar e a facilidade de acesso ao Centro, vários prédios foram construídos no local. Hoje o bairro está praticamente todo ocupado por funcionários públicos, estudantes universitários e profissionais liberais caracterizando uma população jovem, além de um comércio auto-suficiente. Uma particularidade das edificações do bairro são os residenciais e edifícios que não possuem play ground. A explicação é que os moradores lutam para que essas áreas sejam externas, garantindo a convivência e interação entre os moradores. O bairro possui 7 praças. No esporte, o bairro é representado pela Associação Esportiva Jardim da Penha, que participa de diversas modalidades e possui vários títulos: Tetracampeã Municipal de Futebol de Areia e Campeã Metropolitana e Estadual de Futsal Máster. No futebol de campo, a associação é Campeã da Liga de Goiabeiras e da Copa Metropolitana, competição esta em que participa anualmente e onde já foi semifinalista por duas vezes. Locais
Ligações externas
Referências
3. http://legado.vitoria.es.gov.br/regionais/bairros/regiao6/jardimdapenha.asp |